natasha + bucky: happy bday, love 🗡️

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Natasha

Olho para o homem a minha frente, determinada a ficar a noite inteira ali até ele entregar a informação necessária para mim. Não importava o quanto demorasse, ele iria falar. O meu trabalho era conseguir a informação, mesmo que significasse perder a única noite livre da minha semana.

Sento-me a sua frente, e o encaro mais um pouco, em silêncio, como um gato rondando a sua presa, o deixando ansioso, nervoso, com medo por antecipação. Pior de tudo que pode ser feito, é o que pode ser imaginado, uma pessoa acuada, com medo, imagina ações e dores bem piores do que as inflingidas, e depois de imaginado, seu cérebro toma como verdade a dor, e o faz agir por impulso, tentando evitar a dor. E eu só precisava marinar ele mais um pouco, esperar quieta, o encarando furiosa, virando a cabeça vez ou outro fingindo pensar em como o trataria quando resolvesse falar, apenas ajudando a sua imaginação a criar algo bem pior. Era um jogo mental, e eu era ótima em jogos mentais, especialmente os que me ajudavam a não sujar minhas mãos.

Meu celular vibra, e levanto um dedo para o homem, como se pedisse um minuto, um minuto de nossos jogos mentais, um minuto do que quer que ele achasse que eu estava fazendo, como se estivesse realmente ocupada fazendo algo além de engana-lo. Abro a mensagem do número desconhecido que aparece em meu celular.

"Telhado da quinta avenida. Às 21h."

Não respondo a mensagem, apenas olho para o relógio e vejo que são oito e quinze, o que significa que tenho quinze minutos para fazer o homem a minha frente falar e mais trinta minutos para enfrentar o transito de Nova York e chegar até o lugar marcado. Coloco meu celular na mesa, na minha expressão mais ameaçadora possível e como nos filmes de espionagem amados pelos civis, arregaço minhas mangas, abrindo o meu kit assustador de enfeite.

Enfeite pois eu nunca o usava realmente, eles sempre acabavam falando antes que eu pudesse escolher qual dos instrumentos eu usaria, sem dizer, e esse é o nosso segredinho, eles eram todos de plástico.

- Você quer me falar o que eu preciso... ou precisarei te apressar.. - digo, minha voz baixa como um sussurro, o observando veementemente.

- Eu falo... eu falo... eu falo.. - sua voz treme, e eu fecho o kit, e me ajeito na cadeira. Parece que conseguirei chegar no telhado a tempo.

[<🗡️>]

Abro a porta da escada que dava para o telhado e vejo a sombra do homem me esperando do outro lado da onde eu estava. Sua sombra se mexe, se virando em minha direção assim que eu fecho a porta atrás de mim, e dou um passo em sua direção. Sua sombra parece atenta, quase como a de um militar experiente esperando eu me aproximar mais, esperando eu atacar primeiro.

- Você está atrasada! - a voz diz, e não consigo dizer se ele estava me encarando ou não, mas pela direção da onde viera a voz, parecia que sim.

- Culpe o transito de Nova York, e o homem que eu estava interrogando que mais chorava do que falava.

Dou de ombros, dando mais alguns passos em sua direção. E paro assim que suas feições são visíveis para mim, perto o suficiente para ver seu rosto e distinguir seus traços com a única e pouca iluminação do telhado, mas longe o suficiente para me tornar um alvo fácil. Ajeito minhas pernas em posição de luta, me apoiando em minha perna esquerda e deixando minha perna principal livre caso precisasse dar um chute. Enquanto inclino meu tronco um pouco para esquerda, afim de proteger meus órgãos vitais e deixar menos espaço suscetível a um ataque.

O homem ataca primeiro, um soco desleixado em minha direção, o qual desvio facilmente.

- Vamos! - eu o incentivo, desviando de mais um soco dele. - Você pode fazer melhor do que isso.

21 contos, antes dos meus 21 anos!Onde histórias criam vida. Descubra agora