Capítulo 9: O Concurso de Dança

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Os minutos passaram, os casais dançaram e então, alguns dos homens cansaram-se. Foi o momento das portas para a outra sala serem abertas e vários dos homens, mas também algumas mulheres, passarem para lá, para fazerem uma pausa e jogarem alguns jogos de cartas. Cole foi até àquela sala também, para jogar apenas alguns jogos. Era suposto divertir-se um pouco e por vezes havia negócios feitos em ambientes mais informais, o que também era bom. Cole e outros três homens sentaram-se a uma mesa e começaram a jogar.

Outras mesas foram ocupadas e os empregados de mesa começaram a passar por ali também. Tadeo fez uma ronda, depois voltou ao salão e procurou Ryker com os olhos. O outro homem já parara de dançar, deixando Adrienne afastar-se, mas com a promessa de que quando o concurso começasse, iriam voltar a unir-se e vencer. Tadeo avistou Ryker, a falar com uma mulher. Passou-lhe um sinal com os olhos e Ryker desenvencilhou-se da mulher, com uma desculpa e um sorriso.

- O que se passa? – perguntou Ryker, quando se afastaram para longe de outras pessoas. – Não me digas que estavas com ciúmes por eu estar a falar com aquela mulher.

- Não sei. Deveria ter ciúmes?

- Bem, nunca se sabe – disse Ryker, sorrindo de forma maliciosa. – Mas agora a sério, diz-me o que queres. Não que não goste de falar contigo, mas não é suposto estarmos a fazê-lo, não sendo íntimos nem nada disso, pelo menos que as pessoas saibam.

- Tive uma ideia excelente para fazermos algum dinheiro, de forma fácil.

- Não vais sugerir que passemos a prostitutos, pois não? Ou acompanhantes de luxo, com esta gente cheia de dinheiro.

- Obviamente que não – respondeu Tadeo, muito sério. Não gostara do facto de Ryker ter sequer brincado com isso, pois no passado Tadeo já vendera o corpo, não tivera outra forma de fazer dinheiro. Não voltaria a fazer o mesmo. – Viste a outra sala, com as mesas, onde vão jogar cartas, certo? Pois bem, já estão a jogar e tenho a certeza que há pessoas a jogar a dinheiro. Tu podias ir jogar e ganhar esse dinheiro.

- Bom, posso até jogar cartas, mas não quer dizer que tenha muita sorte. Queres que invista o pouco que tenho para depois perder tudo? Não me interessa perder.

- Obviamente que não te interessa. Quem gostaria de perder? Por isso é que tive uma ideia que vai resultar. Tu vais jogar cartas e eu, claro, andarei a trabalhar por perto, servindo bebidas e comida... e vendo as cartas dos outros. Só tenho de te passar sinal.

- Hum... pode ser que resulte, mas continua a ser um risco. Quer dizer, posso não ter boas cartas e não conseguir dar a volta, não conseguir fazer bluff ou se conseguir, não ter o resultado esperado.

- Queres ao menos tentar? Ou vamos ficar a aguardar imenso tempo, com os nossos esquemas menores?

- Pronto... está bem, mas se as coisas começarem a correr mal, desisto logo. E temos de combinar um sinal. Encontra-te comigo na sala de jantar. Não haverá lá ninguém e podemos combinar a melhor forma de agirmos e sermos subtis. Sim, porque se te apanharem a fazer sinais a mim, ficaremos os dois em sarilhos e o Cole não me vai perdoar. Não que precise do perdão dele, mas depois ainda faz uma cena e as pessoas que enganarmos também e o plano de eu fingir que me vou estar a dar melhor com a família vai por água abaixo.

Ryker indicou a Tadeo para ser o primeiro a ir embora e o motorista acenou afirmativamente com a cabeça, saindo do salão. Ryker aguardou um pouco, antes de o seguir também. Por essa altura, Celine, que tinha sido convidada para dançar por um homem extremamente velho e sentira-se constrangida para recusar, pelo que dançara, mas não fora uma experiência agradável, rezava para aquilo acabar. Quando a música terminara, tentara afastar-se, mas o homem parecia querer dançar mais. No entanto, Adrienne surgira, indicando que havia algo que Celine tinha de resolver de imediato e conseguira afastá-la dali.

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