Capítulo 18: Invasão na Empresa

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Ao serem chamados para uma consulta com a doutora Deborah Reynolds, tanto Cole, como Celine ficaram nervosos. Iriam finalmente saber os resultados dos exames que tinham feito. Nenhum deles queria que houvesse nada de mal consigo próprios, pois iriam sentir-se culpados por serem os responsáveis por não conseguirem levar uma gravidez em frente. Por outro lado, também não queriam que a culpa fosse da outra parte, pois sabiam que também se sentiriam mal com isso. Assim, sentando-se mais uma vez lado a lado nas cadeiras do gabinete da médica, tinham aguardado.

A doutora já estava habituada a lidar com todo o tipo de pacientes e com as suas reações. Tentou explicar, de forma simples, qual tinha sido o resultado. Havia problemas, de ambos os membros do casal. Aquilo fez com que o coração de ambos caísse ao chão. Se ambos tinham problemas, era sequer possível engravidarem? Deborah sorrira-lhes, um sorriso calmo e confiante. Passara a explicar que Celine tinha ovários policísticos, o que significava que a liberação de óvulos maduros era afetada. No entanto, com mediação, era possível estimular a ovulação corrigindo o problema e aumentando as possibilidades de ela engravidar.

No caso de Cole, a quantidade de esperma era diminutiva, pelo que ainda que pudesse haver um óvulo maduro para fecundar, a gravidez poderia não se dar. No entanto, também havia medicação para aquilo. A médica não poderia garantir com toda a certeza que uma gravidez fosse acontecer, mas na sua opinião, achava que tomando as respetivas medicações, as probabilidades iriam aumentar bastante. O casal abandonara o consultório sentindo-se ao mesmo tempo amedrontados, por haver problemas com ambos, mas também esperançosos que a medicação cumprisse a sua função.

Ryker decidira que queria entrar no mundo da fotografia. Quando fora mais novo, fizera dois ou três trabalhos como modelo, mas como era costume, acabara por desistir. Sabia que agora era demasiado velho para enveredar por uma carreira de modelo, no entanto, podia tirar fotografias a pessoas que podiam ser modelos e vendê-las, quer fosse para revistas, anúncios publicitários ou para imagens para serem usadas para fins comerciais de todos os tipos. Partilhara aquela ideia com Cole.

- Talvez resulte – dissera o irmão mais velho. – Pelo menos é algo que queres fazer com a tua vida. No entanto, vai ser necessário investimento e sei que esperas que seja eu a dar-te o dinheiro. Eu prometi que ajudaria, mas não posso simplesmente atirar dinheiro a algo que não esteja realmente bem planeado.

- Então é suposto eu fazer o quê?

- Tens de fazer um plano de negócio, com as informações todas. Que valor precisas, que equipamento, salários para quem tiveres de contratar, o espaço, a quem poderás vender as fotos e tudo o mais.

- Tu percebes que eu não sei nada de negócios? Como é suposto fazer isso tudo?

- Posso tentar ajudar-te um pouco e acho que a Adrienne também – respondera Cole. – Visto que já fingiram ser namorados, também podem trabalhar em conjunto para me apresentarem um bom plano de negócio. Se assim for, então eu ajudarei com as despesas. Mas, considerando o passado, não te passarei dinheiro para as mãos, apenas financiarei o que for necessário.

- Ainda não confias em mim.

- Claro que ainda não confio em ti. Podes ser meu irmão e podemos estar a tentar fazer as pazes, para voltarmos a dar-nos bem, mas tens de demonstrar responsabilidade, antes de eu poder voltar a confiar. Portanto, agora depende de ti.

A Família Sanderson

Os três irmãos Sanderson iam juntos no carro, a caminho da empresa. Tadeo, ao volante, conduzia em silêncio. Não conduzira Ford muitas vezes, nos últimos dias, mas das vezes que o tinha feito, também tinham ido em silêncio, o que não era incomum, antes de terem saído juntos, mas agora havia uma tensão diferente. Tadeo decidira não fazer nada, pois não queria mais confusões. Ainda que pudesse conseguir separar Brendan e Ford, nada lhe indicava que Ford fosse dar-lhe uma nova oportunidade. Pensou para si mesmo que não tinha realmente sorte.

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