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" Eu só não quero te vê sofrer novamente "

(Jay Brad Collins)

Birmingham| Inglaterra.
7:15AM| 09 De Setembro.

As vezes me pego parada na varanda encarando o nada, estranho né?, e não é como se eu estivesse pensando em algo... na real minha mente fica vazia nesses momentos. Minha consciência voa para tão longe que me faz esquecer de Jughead listando meus afazeres ao meu lado.

— Já tentou trabalhar isso na terapia?. - Jughead Pergunta. — Sabe...conselho de amigo.

Imagino que Jughead esteja falando sobre minha facilidade de desconectar do mundo exterior. Seu tom de voz não transparecia estar sendo sarcástico, nza verdade todas as vezes que o mesmo volta neste assunto sobre "Terapia" não sinto desconfiança vindo do tal.

— De novo com isso?

— Toni é sério, você não sabe o quanto faz bem terapia. - Jughead diz

Volto a encarar o nada a minha frente ignorando o homem ao meu lado.

— Nós já conversamos sobre isso Jughead...

— Os estudos confirmam que todos deviam fazer pelo menos uma sessão Toni!, ainda mais pessoas como nós... - A voz de Jughead falha

Jughead Jones, o mais inteligente entre meus Gerentes. Seu modo de pensar é superior, sempre pensando dois passos a frente, e por esse motivo o Sr Jones é meu estrategista.
Mas além de ser meu estrategista o mesmo é meu amigo de anos, então está sempre me dando "conselhos".

— Falamos disso mais tarde Jones, agora, primeira parada?. - Pergunto me virando em sua direção.

Jughead lê o papel mais uma vez e depois responde:
— Jay Brad, Camden Town.

— Vamos acabar logo com isso...

...

— Frances!. - Chamo por Frances a Guardiã da minha Mansão.

Logo ela aparece vindo do corredor.

— Oque deseja Sra?

— Sabe se a Blossom já acordou?. - Pergunto e caminho para sala enquanto seguro minha maleta na mão direita.

Frances vinha logo atrás dizendo:
— Sim Sra, a Srta Blossom acordou, tomou seu café e foi para o jardim.

Jardim? por que ela iria para lá? um lugar tão..vazio. 
Dispenso Frances e a mesma volta para a cozinha pelo corredor, em seguida caminho em passos curtos até a  porta de trás que dá para o Jardim morto. Assim que passo pela porta avisto Cheryl debaixo de uma arvore encarando o nada.

Me aproximo da mulher lentamente, paro ao seu lado e coloco as minhas mãos nos bolsos de meu sobretudo, Cheryl percebe minha presença ao seu lado e instantaneamente seu semblante vago muda.

— Oque faz aqui?. - Pergunto

Alguns segundos em silêncio, Cheryl só observava o jardim morto com um olhar triste e caído.

— Esse lugar me deixa triste... - Sua voz sai quase como um sussurro.

Cheryl tinha o cabelo solto que voava ao vento, observo seus olhos castanhos que agora estavam clarinhos...

— Então por que permanece aqui? não é só ir embora?. - Respondo como se não fosse óbvio.

Seus olhos me encontram e então ela responde:
— Não é assim que funciona Topaz, quando há algo que tem um valor sentimental para si, mesmo que um simples Jardim... você permanece, não importa em qual estado esteja.

Just Business.. | Toni G!P | 𝐶ℎ𝑜𝑛𝑖 Onde histórias criam vida. Descubra agora