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Vancouver|Canadá.

Toni ainda encarava o chão por uns 20 segundos, e mesmo assim Cheryl permanecia sentada ao seu lado com seu braço rodeando a cintura da morena.
O rosto da ruiva estava próximo ao ombro de Toni, tão próximo que a mesma conseguia sentir a respiração quente da menor contra o tecido de sua roupa.

A morena virou o rosto e encarou os olhos da mulher. Aquela boca entreaberta e lábios inchados, fez toda a tristeza desaparecer.

Toni travava uma luta contra si mesma pela vontade infernal de puxar Cheryl e chupar aqueles lábios avermelhados. A vontade era tanta que a mais velha voltou a encarar o chão, evitando os castanhos doces. Em seguida fecha os olhos exalando o aroma perfumado, tão doce quanto cereja.

Não só o perfume de Cheryl deixava a Topaz tensa, mas as roupas encharcadas pela chuva também. Toda vez que a morena tentava olhar para a garota, seus olhos desciam e pairavam sob aqueles gêmeos espremidos num sutiã de renda preto...

PUTA QUE PARIU!

- Eu sinto muito, não era a minha intenção... - Diz aproximando seu corpo ao da morena.

Toni ainda evitando subir o olhar, se sente encurralada assim que Cheryl decide colar seu corpo no braço da morena.
Então sem saída a morena não resiste e acaba fitando de canto de olho o sutiã preto da ruiva, que acaba percebendo

A Topaz engole o seco e coça a garganta, fazendo Cheryl entender rapidamente.

Toni a responde:
- Você não tem culpa. - Sua mão esquerda paira na coxa da ruiva.

Ao sentir o toque imprudente, Cheryl prende a respiração.

A morena ao perceber seu toque repentino, se pergunta como a garota reagiria. Mas ao notar que a Blossom aparentava ter gostado, um pensamento ambicioso tomou as rédeas.

Sua palma havia adorado aquele toque descarado. E ela sabia que precisava de mais...

Cheryl ainda paralisada, repetia em sua mente "não" na tentativa de resistir aquela tentação. Toni não era uma opção, ela a odiava. Odiava sua personalidade, odiava a forma como se dirigia aos outros e odiava seu maldito olhar. Então por que diabos ela não conseguia odiar aquele toque?

Ela se recusava a admitir que estava começando a se acostumar com Toni ali. Para ela significava fraqueza, pois sua intenção era fazer a Topaz cair de joelhos... e não se apaixonar.

Mas seu corpo aquecido pelo calor da morena, logo congela, após Toni se levantar. Ela se afasta rapidamente voltando para o portão do celeiro.

- Nós vamos congelar aqui. - Diz com as mãos na cintura enquanto encarava a chuva. - Precisamos de algo para nos aquecer.

Cheryl ignora a forma esquisita de Toni. E acaba se lembrando de algumas madeiras atrás do celeiro. Protegidas por uma lona.

- Há alguns gravetos atrás do celeiro, cobridas por uma lona. ‐ Responde se levantando e indo até a morena.

- Você fica. Não demoro.

E sem sequer olhar para a ruiva, Toni adentra a tempestade sem pensar duas vezes. Nem mesmo pensou que poderia ter ido pelas portas do fundo, seria mais prático...

Cheryl se vê sozinha e confusa.

O vento gélido atravessou o portão fazendo Cheryl se encolher instantaneamente. Seus lábios secam, suas mãos tremem e sua pele se arrepia. Algo parecia faltar...

Já do lado de fora, Toni pegava uma boa quantidade de galhos para a fogueira, ali num pequeno depósito de madeira, cobrido por uma lona.

Durante o processo sua mente vaga ao redor de uma única pessoa.

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⏰ Última atualização: 7 hours ago ⏰

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Just Business.. | Toni G!P | 𝐶ℎ𝑜𝑛𝑖 Onde histórias criam vida. Descubra agora