Prologo ( Revisado )

1.4K 166 32
                                    




────┈┈┈┄┄╌╌╌╌┄┄┈┈┈────


Oi pessoal!

Essa fic é minha neném, estou trabalhando nela há meses, e embora ela ainda não tenha terminado ela está chegando lá. Espero que postar este primeiro capítulo e receber seu feedback me encoraje a terminá-lo.

Não se preocupe, já escrevi o suficiente para pelo menos alguns capítulos (dependendo de como eu finalmente decidir organizá-lo). mas comigo, teremos um final.

Se vocês gostaram dessa primeira amostra, postarei o próximo capítulo dentro de alguns dias :)

Aproveite!


___________________________________________________



O estádio estava vazio, exceto pelo som do silêncio zumbido e pelos ecos de olhos na escuridão. Era tarde demais ou cedo demais para qualquer outra pessoa estar lá, mas David sentia a presença deles como uma coceira desconfortável sob sua pele.

O suave arrastar de seus sapatos contra o chão era ensurdecedor na quietude, seu próprio coração batendo pesadamente em seus ouvidos. Ele segurava seu café das 5h com uma mão e sua prancheta com a outra; o relógio na parede contava os segundos.

As luzes do gerador lançavam um brilho suave ao longo das bordas da quadra, salpicando sombras com uma tonalidade alaranjada, moldando as arquibancadas vazias na escuridão. David avistou a silhueta de um garoto quase imediatamente. Ele estava de costas para o treinador, mas David ainda conseguia discernir a curva nervurada de sua coluna, a protuberância óssea de seu pulso jogado descuidadamente sobre o joelho.

"Como diabos você entrou aqui?" David gritou, sua voz ecoando pelo estádio como uma bala ricocheteando. O garoto deu um pulo assustado. Virou-se em sua cadeira, o rosto uma ferida aberta, sangrando com medo não controlado. Levantou-se com um salto, virando-se nos calcanhares, preparado para correr. David levantou a mão e gritou, "Pare!"

O garoto ficou rígido, os ombros se encolhendo até as orelhas, punhos subindo para se proteger de uma ameaça invisível. David não gostou da familiaridade que sentiu no peito, brotando como apreensão.

"Não vou te colocar em encrenca, garoto", disse David, sua voz ecoando pelo grande espaço.

O garoto hesitou, a indecisão ondulando por seu rosto. Olhou para David com desespero que doía.

Ele estava desalinhado ao redor das bordas, cabelo cortado e encaracolado por toda parte, tingido e queimado. Seus olhos eram tão azuis que David conseguia vê-los através do espaço, surpreendentemente claros na escuridão. Seu rosto estava machucado e cru; David cerrou o punho ao lado, o café esquecido ainda na outra mão.

"Quem fez isso com o seu rosto?" Ele tentou manter a raiva fora de sua voz, mas ela escapou pelas frestas; o garoto estremeceu com a força dela.

"Não importa", ele disse, uma voz toda arranhada e quebrada.

"Importa para mim. Você entra na minha quadra, responde às minhas perguntas", disse David, a paciência uma coisa fina e inquebrável. Ele estava acostumado a crianças que cuspiam e gritavam e lutavam contra qualquer tipo de ajuda, qualquer tipo de empatia. Este era um garoto que nunca tinha recebido algo bom sem ter que dar uma parte de si mesmo em troca.

Raised on Little Light  - Maqicien [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora