Raised on Little Light - Maqicien [PT-BR]

Capítulo 19

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Oi vocês!

É um pouco curto se eu fizer os capítulos mais longos, haverá mais espaço entre os uploads, se vocês gostarem mais eu posso fazer isso!!

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O treinador caiu no sofá, com o rosto escondido atrás das palmas das mãos, enquanto respirava gaguejante. Neil não conseguia desviar o olhar, com medo de que, se o fizesse, as lembranças o reivindicariam novamente.

Ele se recolheu mais rápido do que Neil esperava, levantando-se com respirações firmes e uma luta em seus olhos. Ele parecia louco – irritado.

"Sente-se, Neil", ordenou gentilmente, guiando-o até o sofá com uma palma firme no ombro. Ele esperou até que seu filho estivesse situado antes de virar seu olhar implacável e imóvel para Kevin e, em seguida, lentamente para Andrew. "Vocês dois vão ouvir e ouvir bem. Não vou me repetir." Ele fez uma pausa, olhando flutuando de uma Raposa para a outra. Neil desabou nas almofadas, com as entranhas vazias, mas pelos órgãos e sangue que o impediam de morrer.

"Tudo o que você ouviu e está prestes a ouvir, permanece dentro dessas quatro paredes. Nunca mais falaremos o nome Nathaniel Wesninski nesta casa, ou fora dela." Fechou os olhos na tentativa de se compor, engolindo uma respiração que ameaçava afogá-lo.

"Como isso é possível?" Kevin sussurrou atrás dos olhos arregalados.

Neil virou a cabeça apenas o suficiente para ver Kevin pelo canto do olho, para testemunhar o intenso aperto de suas mãos, seu corpo enrolado em si mesmo enquanto olhava para o treinador como se pudesse salvar todos do inevitável.

"Eu adotei Neil quando ele tinha 13 anos", começou o Treinador, recontando a história de como Nathaniel Wesninski morreu naquele porão junto com sua mãe, e como Neil Wymack nasceu das cinzas de sua memória.

"Mas como?" Kevin repetiu com mais firmeza.

"Eu fugi. Quando ele estava muito ocupado com a mãe." O olhar de Neil estava longe enquanto ele respondia, lembrando-se de um sorriso que nunca mais veria. "Ela me disse para correr, mas ainda me lembro do cheiro da morte."

"Neil", disse o treinador, mas Neil continuou.

"Encontrei o treinador, tecnicamente, mas, na verdade, foi ele quem me encontrou." Neil olhou para o pai então, um sorriso triste rastejando seu rosto para cima. "Eu já estava na proteção de testemunhas naquela época, mas o treinador me acolheu de qualquer maneira. Então, é assim."

A mente de Kevin girou e girou em círculos, incapaz de encontrar terreno sólido quando ganhou impulso. "Por que você se colocaria em tanto perigo?"

A reação do treinador foi instantânea, ele olhou para Kevin com olhos arregalados e incrédulos. "Porque ele era importante demais. Não havia nenhum perigo que me impedisse de torná-lo minha família."

O silêncio inclinado que se seguiu era alucinante, uma energia quase elétrica, hostil.

Seu coração batia um padrão caótico contra sua caixa torácica, arrastando emoções para a superfície que ele preferia enterrar lá no fundo. Treinador sempre foi a luz no fim do túnel, a única coisa boa em todos os ruins. Ele era a única pessoa que Neil sempre teria medo de perder, a única pessoa em quem confiava tudo. Ele sentia arrependimento a cada momento de cada dia por ter trazido David Wymack para essa bagunça.

"Vocês dois devem passar a noite, vamos discutir isso de manhã, quando o choque passar." O treinador foi firme como estava, olhando para todos com frieza indecifrável. "Há dois quartos de hóspedes que você pode usar, um no andar de cima ao lado do quarto, o outro fica no corredor, depois do estudo."

O treinador não se mexeu até que os três garotos se levantaram e deixaram evidente a intenção de deixar a sala. Ele os expulsou, como se soubesse que eles não dariam ouvidos às suas demandas claras.

Kevin tomou o quarto no segundo andar, batendo forte o suficiente para demonstrar sua raiva, seu medo. Andrew e Neil hesitaram, forçando seu pai a enfrentá-los. Ele levantou as sobrancelhas enquanto dizia: "Se você acha que eu não sei o que está acontecendo com vocês dois, você não é tão brilhante quanto eu dei crédito a vocês dois". Ele arrancou gargalhadas com a falta de reação deles – era a confirmação de que David não precisava particularmente. "Se você dorme no quarto de Neil, certifique-se de mantê-lo PG."
(PG significa "parental guidance", basicamente o treinador pediu pro Andrew ficar de olho nele. )

Nenhum dos dois se moveu até que o Treinador subiu as escadas e desapareceu em seu quarto com um clique forçado da porta. Eles se olharam até que Neil não conseguiu se segurar, dobrando com uma risada que parecia possuí-lo. Assim que começou, ele não conseguia parar, lágrimas espetando nos cantos dos olhos enquanto suas costelas se esforçavam com a força de seu riso.

Andrew deixou-se sorrir com a risada borbulhante de Neil, um som que ele tão raramente conseguia ouvir. Ele piscou, sua mente tirando uma captura de tela do momento para sempre lembrar.

As gargalhadas acabaram por abrandar, escorrendo até que o silêncio da casa ameaçou separá-los. O sorriso de Neil desapareceu muito rapidamente depois disso, uma careta se formando para substituir a alegria que rapidamente se desvanecia.

Andrew deu um passo em direção a ele, suas intenções claras quando ele se aproximou para apertar a mão preocupando o cabelo de Neil.

"Você deve ter tantas perguntas", sussurrou Neil, quebrando o silêncio inclinado. As sobrancelhas de Andrew se apertavam, os olhos piscando no rosto de Neil como se as mentiras e meias-verdades se revelassem entre as sardas do outro lado da ponte de seu nariz, ou dentro do perigoso azul de seus olhos.

"Sim", ele respondeu, levantando a mão livre para cobrir o lado esquerdo do rosto de Neil, com um carinho suave em sua maçã do rosto afiada. "Mas isso não importa agora."

Neil inclinou-se para o toque, os olhos fechando-se por vontade própria.

"Quanto mais você souber, mais perigo você estará", disse Neil enquanto Andrew entrava em sua bolha. Acolheu-o com facilidade, caindo no corpo que André enrolava em torno do seu, enfiando o rosto no pescoço do namorado. "Não posso colocar mais ninguém em risco. Não vou."

Andrew enrolou uma mão na parte de trás do crânio de Neil, fisgando os cachos que ele encontrou lá, braço apertado em torno da cintura de Neil apertado o suficiente para machucar.

"Eu não me importo." A respiração curta de Andrew agitou os cabelos castanhos na cabeça de Neil: "Diga-me ou não, eu não dou a mínima. Eu não vou a lugar nenhum e você também não".

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Obrigada a todos vocês que estão e vão acompanhar esses obra maravilhosa comigo!

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Não se esqueçam de seguir o original também ein!

https://archiveofourown.org/works/49776925/chapters/125648236

Beijos e até a próxima!