Raised on Little Light - Maqicien [PT-BR]

Capítulo 47 ( R )

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Seu peito chiava a cada inspiração, úmido a cada expiração. Ele havia chegado o mais longe que pôde antes de atingir as escadas, antes de tentar descer por elas. Ele perdeu o equilíbrio pela metade do caminho, desabou pelo restante delas e não conseguiu se levantar de volta.

Suas mãos não queriam mais funcionar, os braços incapazes de sustentar qualquer peso enquanto ele tentava se erguer. Ele desmaiou pela dor e então desistiu completamente.

Havia apenas tanto que seu corpo podia suportar antes que não houvesse mais adrenalina para dar.

A consciência era fugaz. Ele nadava dentro e fora da consciência, piscando a névoa dos olhos apenas para cair vítima de seu atrativo irresistível. Ele recuperou a consciência o suficiente para notar o sangue se acumulando debaixo dele, cada vez mais.

Na próxima vez que seus olhos se abriram, ele estava encarando o cano de uma arma muito grande.

"Eu levantaria minhas mãos, mas receio que não possa senti-las, oficiais", a voz de Nathaniel era uma ruína de som, cascalho sob um pneu em movimento lento, uma faca em um liquidificador.

"Precisamos de um médico", disse o policial mais próximo. Nathaniel não conseguia ver seus rostos sob a camada de névoa cobrindo seus olhos como uma lente de câmera embaçada. "Qual é o seu nome, garoto?"

Ele teve apenas a perspicácia suficiente para falar através do sangue em sua boca. "Meu nome é Nathaniel Wesninski."

Então não havia nada além da escuridão, que tudo perdoa.

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Nathaniel acordou com o zumbido hesitante e constante de um monitor cardíaco. Ele havia assistido a programas policiais o suficiente para reconhecer o som sob o pesado manto do inconsciente. Ele sentiu a consciência apenas fora de alcance, beijando as pontas de seus dedos, sussurrando em seu ouvido.

Seu corpo flutuava, a dor de antigas feridas nada mais do que uma lembrança distante no fundo de sua mente. Drogas corriam por suas veias, amortecendo seus pensamentos sob onda após onda de confusão tonta.

No primeiro movimento de seu dedo indicador direito, ele se tornou consciente. Ele piscou os olhos abertos e encarou o teto estéril e branco, banhado no calor das luzes do hospital. Então, a dor cegante em seu lado o acordou completamente. Ele assobiou entre os dentes, alcançando o lado apenas para descobrir-se em ainda mais dor. Ele olhou para suas mãos, enfaixadas até os antebraços e até as pontas dos dedos. Ele era uma múmia que voltara à vida.

Nathaniel não conseguia respirar com a realização de que estava vivo, que havia saído de outro pesadelo, não ileso, mas vivo.

"Nathaniel Wesninski", a voz fez a cabeça de Nathaniel erguer, disparando uma dor aguda e quente por seu pescoço e por sua bochecha. Ele não se surpreendeu ao encontrar Ichirou Moriyama em seu quarto de hospital. "Parece que o universo quer você morto."

Nathaniel não encontrou palavras para falar. Ichirou sorriu.

"Seu pai está morto." O coração de Nathaniel parou no peito, oco com a implicação. Com a expressão em seu rosto, o pequeno lorde continuou, "Não o Treinador de Exy, o Açougueiro." Ele puxou ar para os pulmões. "Você está vivo apenas por causa do seu pequeno Treinador de Exy e seu goleiro. Se eles não tivessem barganhado por sua vida, eu talvez nunca tivesse percebido que você estava desaparecido."

"Você matou o Açougueiro?" Nathaniel não conseguia compreender as palavras que ouvia.

Ichirou inclinou a cabeça para o lado, "O Açougueiro era imprevisível; ele havia perdido sua utilidade."

"E eu não?"

"Você não", concordou Ichirou. "Deixarei seu pai lhe dar os detalhes de sua dívida, mas eu queria que você visse que eu cumpro minhas promessas. Certifique-se de fazer o mesmo, Wesninski."

Com isso, Ichirou Moriyama desapareceu.

Neil não estava familiarizado com o alívio que despertou em seu peito, uma borboleta saindo de seu casulo. Sua família estava segura, seu pai estava morto e ele não tinha mais um alvo em suas costas.

Neil afundou no travesseiro de hospital rígido e voltou a dormir.

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Obrigada a todos vocês que estão e vão acompanhar esses obra maravilhosa comigo!

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Beijos e até a próxima!