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Mila estava na sala da diretora, ela balançava as pernas na cadeira já que seus pés não tocavam o chão, ela olhava para o chão concentrada como se o que ela fez não tivesse acontecido e como se seu castigo não fosse grande coisa . Eles abriram a porta abruptamente, ela já sabia que era ele, nem sequer se encolheu com a presença dele. Ele estava com a testa franzida e o curativo na testa mal ajustado, os lábios arqueados para baixo em sinal de aborrecimento e total confusão.

- Sr. Lucilfer, sabe por que o convocamos? - A professora perguntou enquanto o diretor olhava para eles.

- Não, ele não sabe, por isso veio. E ele vem com raiva. Ele respondeu antes que seu pai pudesse. O tom de sarcasmo era mais do que perceptível.

- A filha dela.... - A professora olhou para Mila.

- É melhor eu contar a ele. Bati na professora e em um dos meus colegas, fim da história espero o castigo.

- Milagre! - gritou o diretor. - Como você pode dizer isso assim!?

- Não, não me sinto mal nem me arrependo.

- A diretora cerrou os dentes, isso a deixou com raiva.

- Bom, Milagro Lucilfer está expulso desta instituição. Vou preparar seus papéis, venha buscá-los amanhã. Boa tarde senhor. - A raiva de Chrollo foi mais que perceptível naquele momento, ele acenou com a cabeça para a mulher e descuidadamente agarrou o pulso de Mila e começou a puxá-la. Milagro aprendeu a não reclamar, isso a machucava, mas as brigas de rua em que ela se metia doíam muito mais do que um simples puxão. Chrollo jogou-a no banco do passageiro do caminhão e bateu a porta, sentou-se no banco do motorista e começou a dirigir. Ele estava mais do que irritado, você poderia dizer pela forma como ele apertou o volante e clicou no botão linguagem.

- Pai...

- Cale a boca, não fale comigo, estou mais que chateado e decepcionado com você. Você está com sérios problemas, não vai ter seu telefone e nem pense que vou te dar nem os livros. Você não é louco. Você ficará no seu quarto o dia todo refletindo sobre o que fez e sem um único mas. Você comerá quando eu mandar, sairá quando eu mandar e fará tudo que eu mandar. Entendido!?

- E...

- Agora você vai se comportar. E VOCÊ VAI PARAR DE ME FODER HOJE E TODA A SEMANA! Vou ter que encontrar outra escola onde eles queiram você. Se você quiser alguma coisa, pode comprar porque só comprarei o que você precisar na escola. A partir daí, nada. Não sei por que você fez isso, mas não dou a mínima. QUANDO VOCÊ VAI MADURAR?!A VIDA NÃO É UM JOGO DE PORRA, MILA! Chrollo bateu o volante em frustração.

Milagro entendeu que as palavras Às vezes doem mais do que os golpes. Seu rosto estava encharcado de lágrimas, um nó se formou em sua garganta e ela não conseguia nem falar.

-O que está faltando? ME DIGA O QUE ESTÁ PERDENDO OU O QUE NÃO ESTOU TE DANDO? DIGA-ME AGORA.

- N... Na... Nada... - Hesito.

- Bom, por que você está indo para a escola militar?

se você mudar a atitude nojenta que

você está se formando Eu não te criei assim. Por

Quanto você me paga assim?

Silêncio foi o que Chrollo conseguiu.

Silêncio.

Silêncio.

O pior silêncio para Milagro.

Milagre { Chrollo Lucifer}Onde histórias criam vida. Descubra agora