Capítulo 15 - Sangue e Brasa

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Em meio a uma densa floresta, um vulto percorre rapidamente, enquanto carregava uma garota em seus braços. Ele parecia desesperado. Ao chegar em uma Instituição, ele corre para o prédio principal e grita por socorro. 

- Alguém me ajude! - gritou um jovem ruivo, chamado Hefesto. Em seus braços a garota Julliet, estava muito ferida e perdia muito sangue. 

Enfermeiros de plantão vieram correndo para ajudar. Quando se depararam com a menina ensanguentada, se assustaram.

Então, eles iniciaram os procedimentos para salvá-la. Como tinha perdido muito sangue, os enfermeiros pegaram bolsas de sangue para ela, entretanto, haviam poucas. O enfermeiro alertou para Hefesto. 

- Nós temos poucas reservas de sangue. Se a quisermos viva, precisaremos de mais - disse.

Iniciaram a transfusão de sangue com as poucas bolsas que tinham. Fecharam a porta da enfermaria. 

Hefesto estava imóvel, sem esboçar nenhuma reação. Sua roupa estava manchada com o sangue de Julliet, assim como seus braços. Benjamin, seu pai, chegou em seguida.

- Mas, o que é que está acontecendo aqui?! - perguntou assustado. Ele olhou para o Hefesto e percebeu que o sangue era de Julliet. - Hefesto, o que você fez?! - após essa pergunta, Hefesto o lançou um olhar de ira absoluta e se retirou rapidamente. 

Benjamin, ainda sem entender o que aconteceu, correu para o escritório e ligou para Valentyn. Em poucos segundos, ele atendeu.

- Olá, Benj... - foi interrompido pelo Diretor substituto.

- Valentyn! Aconteceu uma tragédia, peço perdão por não ter cumprido com a minha palavra, Julliet está muito ferida - falou assustado. 

Alguns segundos se passaram em silêncio. Até que Benjamin ouviu o som de algo se partindo e a ligação foi encerrada. 

- Estamos em sérios problemas agora... preciso intermediar a situação entre os estudantes, com certeza notaram a movimentação e ouviram Hefesto. Espero que ele não tenha feito nada de errado com a Julliet. Não permitirei que algo aconteça a ele, nem que eu apague as memórias de Julliet...! - falou, cerrando seus punhos, batendo na mesa. E passou uma das mãos em seus cabelos para colocar uma das mechas para trás.

Em alguns metros do prédio principal, Hefesto seguia para seu dormitório rapidamente. Ele escalou o prédio e pulou para dentro de uma sala. 

Os vampiros que ali estavam, logo sentiram o cheiro de sangue que cobria Hefesto e ficaram loucos. Eles reconheciam aquele cheiro. 

Hefesto passou por um corredor secreto e foi até o porão. Lá estavam numerosas bolsas de sangue. Ele pegou o máximo que pôde e levou com ele. Tentou passar pelo mesmo caminho que percorreu, todavia, alguns de seus colegas o impediram rindo sarcasticamente.

- Para onde você vai com todo esse sangue, Hefesto? - perguntaram. No entanto, Hefesto não tinha tempo a perder. Ele os ignorou e seguiu rapidamente por outro caminho, porém mais alunos tentavam pará-lo. Até que ele foi forçado a passar pelo salão principal. A vampira Sarah o impede de seguir. 

- Eu reconheço este cheiro há quilômetros de distância. Não me diga que... você fez um lanchinho e agora tá tentando consertar o seu erro - disse rindo sarcasticamente. 

Hefesto parou, muito irritado tentou seguir. Mas, dessa vez, Sarah puxou uma parte de sua manga e cheirou o sangue que ali estava.

- Julliet... a doce Julliet... Hefesto acabou com o nosso passe livre na Instituição - ela ria cada vez mais. 

Hefesto se enfureceu e chamas acenderam em sua volta. Sua mão estava quente e o fogo subiu por ela. Hefesto agarrou o pescoço de Sarah, a qual se contorceu na dor, e queimava com a chama. 

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