Durante o voo, Joseph ficou ouvindo notícias em um canal de transmissão em seu aparelho eletrônico. Eu fiquei dormindo por um longo período. A bebida realmente me derrubou. Até que acordei por um momento quando a aeromoça trouxe um lanche para nós. Agradeci e fiquei observando através da janela do avião. Eu me lembrei do grimório na mochila e fui pegar para ver se consigo descobrir algo sobre ele.
- O que é isso? - perguntou Joseph.
- Ah, encontrei na biblioteca, não parece ser um livro, talvez um grimório, as páginas estavam em branco - falei, tentando abrir o livro, porém sem sucesso.
- Um livro velho que não consegue abrir? Escolha interessante - disse Joseph, dando de ombros e retornando sua atenção as notícias.
Passei a mão pela capa do grimório e tentei tirar a pedra vermelha de seu centro. Entretanto, ela estava bem presa a capa. De repente, minhas mãos começam a aquecer muito, quase queimando. Soltei rapidamente e dei um grito.
- Aí! - falei, balançando as mãos.
- O quê? - perguntou Joseph intrigado - Se machucou no livro? Como é velho de capa, pode ter farpas aí, cuidado.
- Ah... é...- eu disse, pegando o livro novamente com receio de me queimar, porém desta vez não aconteceu nada. Convencida de que não conseguiria abrir, guardei na mochila de novo.
Passada algumas horas, nosso avião aterrissou. Na saída do aeroporto haviam dois carros pretos nos aguardando, todavia, apenas um usaríamos. O outro ficou atrás. Eu tive uma sensação estranha do carro preto atrás do nosso e olhei para a janela do carona. Percebi alguma coisa se movimentando ali.
- Venha logo, não podemos nos atrasar - disse o Joseph, pegando minhas malas e guardando.
- Certo - eu disse. Adentramos no carro e partimos, com o outro carro logo atrás de nós.
Chegando na Instituição, percebi que há muitos carros elegantes e seguranças. Os nobres ainda estão aqui. Então, por qual motivo fomos chamados?
Assim que nosso carro parou, Joseph saiu e pegou nossas malas. Eu fui logo atrás dele. Tentei ver quem poderia sair do segundo carro preto, mas a pessoa ficou lá até que eu saísse de vista.
O meu quarto estava diferente, as peças de roupa da cama estavam trocadas e a cortina também, assim como havia novo papel de parede no quarto. E agora apenas uma cama grande. Pergunto para onde que a Lilly foi. Deixei as malas no quarto e fui atrás de respostas. Em frente a Diretoria, bati na porta, mas não se ouvia nada. Então, resolvi abrir a porta. Não tinha ninguém presente. Perguntei para alguns alunos onde o Diretor poderia estar, ninguém soube responder. Decidi voltar para o quarto. Fui me banhar e trocar meu traje, foi quando vi a camiseta de frio do Kenji nas minhas coisas.
- Puxa! Não tive a chance de devolver - falei, batendo a mão na cabeça.
Sentei na cama, peguei a peça e cheirei. Era agradável e ainda tinha o seu cheiro. Estranhamente me senti atraída por isso. Logo, sacudi a cabeça para afastar estes pensamentos e coloquei a camiseta pendurada na cama.
Ao sair do banho, vejo um café com um bilhete: "Olá, senhorita. Espero que sua recuperação tenha sido um sucesso, vim a seu quarto para ver como minha paciente está e não te encontrei. Deixei este café para você como boas vindas. Não esqueça de passar em meu consultório para um check-up".
Agradecida por sua preocupação guardei o bilhete na gaveta e tomei o café. Peguei um terno feminino para vestir e sapatos finos. Meu coldre de pistola ficou na minha cintura mais para as costas. Estava ansiosa para retornar ao meu posto.
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Século Sombrio - Dark Century
УжасыEm um mundo onde a magia e criaturas sobrenaturais existem nas sombras, uma jovem garota criada em uma misteriosa Instituição de Jovens Caçadores não tem lembranças de seu passado, exceto por uma única noite assustadora: a noite em que foi salva por...