Descobertas

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– Algo me diz que preciso alimentá-la... – Guilherme comentou, erguendo o rosto de onde ele havia escondido na curvatura do pescoço de Flávia, muitos minutos após eles terem caído lânguidos na cama pela terceira vez naquela manhã.

Já havia passado do meio dia, mas a única coisa que a faria levantar daquela cama, com um Guilherme muito nu cobrindo seu corpo por inteiro, realmente seria comida.

– Hm isso soa bem... Você vai cozinhar para nós? – ela respondeu com um tom preguiçoso, acariciando as costas dele com a ponta dos dedos.

– É claro que sim! O que acha de massa e camarão?

– Me diz que você tem algum defeito, por favor, eu preciso de qualquer coisinha porque estou começando a achar que você é um fruto da minha imaginação muito fértil! – a mulher pediu, afastando seu rosto para conseguir encará-lo melhor. Ele descansava a lateral do rosto no ombro dela, parecendo recusar-se a se afastar com medo de que ela pudesse sumir a qualquer momento.

Na verdade, mal sabia ela que era ele quem temia que tudo que havia acontecido ali pudesse ser apenas um sonho. Um sonho muito, extremamente pervertido e delicioso, mas ainda assim um sonho.

– Você jura que os orgasmos que eu lhe dei nas últimas horas não foram o suficiente para me tornar real? – ele provocou com um sorriso malicioso.

– Quase me convenceram, acho que vou precisar de mais alguns para ter certeza... – um beicinho manhoso curvou seu lábio inferior, arrancando uma gargalhada alta de Guilherme.

– Vamos, vou repor nossas calorias e esgotá-la novamente até suas pernas tremerem... Sua imaginação pode ser fértil mas não a esse ponto, certo?

– Hmm... – Flávia suspirou fundo em deleite. – Isso soa muito bem também. De repente eu fiquei ainda mais faminta!

Ele foi o primeiro a se levantar, apanhando a boxer branca do chão para então oferecer as mãos como apoio para que ela se juntasse a ele.

– Eu estou sem roupas, garoto... – Flávia respondeu manhosa, mas aceitando o apoio dele para levantar-se da cama.

– Consigo ver claramente isso, carinho, só não vejo problema... – Guilherme respondeu maliciosamente, dando uma boa olhada nas curvas nuas e perfeitas diante de si. Ele definitivamente nunca iria se cansar daquela imagem diante de si. Nunca.

– Tudo bem, irei me sentar assim no balcão da sua cozinha enquanto você cozinha para nós... – ela deu de ombros com descaso.

– Senhor... – Guilherme suspirou fundo com a imagem formada em sua mente de uma Flávia muito nua sentada no balcão de sua cozinha, o distraindo por completo da tarefa de cozinhar para ela. – Venha, a regata que eu estava usando ficou na sala. Certamente ela ficará muito melhor em você.

E assim que a peça de roupa em questão cobriu parcialmente o corpo da cunhada, Guilherme confirmou que ele tinha razão; a sua regata ficava infinitamente melhor no corpo esguio dela. Era folgada e cobria apenas o necessário, deixando à mostra as laterais de seus seios e as pernas bronzeadas dela. A definição de perfeição para Guilherme, que simplesmente decidiu que ela não iria usar outras roupas que não fossem as dele, todas as vezes que estivessem juntos.

Como Flávia havia dito que faria, se sentou de pernas cruzadas no balcão da cozinha, bebendo do vinho que ela havia aberto enquanto o observava cozinhar. Ela se sentia leve como há tempos não se sentia, como se não houvesse outro lugar que ela deveria estar que não fosse ali, com ele, trocando olhares provocativos e sorrisos maliciosos enquanto ele lhe dava algumas provas do molho que fazia. Em nenhum momento o homem com quem ela era casada lhe veio à mente, como se ele realmente não fosse importante. Como se o que ela e o cunhado estivessem fazendo não fosse errado.

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