Não foi preciso muito para que o beijo criasse uma intensidade enlouquecedora em questão de instantes. Em um momento Guilherme girava a chave na fechadura da porta do quarto e no instante seguinte já tinha Flávia contra a parede, segurando seu rosto pelo maxilar com aquela mão grande enquanto beijava sua boca de maneira ávida; possuindo e exigindo dela nada menos do que aquilo, a prendendo e a imobilizando contra a superfície fria temendo que ela pudesse escapar de seu alcance mais uma vez.
O beijo era impetuoso, ardente, tórrido e deixava sensíveis os lábios da mulher, que ofegava e choramingava contra a boca exigente do amante. Ela se sentia derretida contra ele, literalmente derretida. Se desmanchando com a intensidade do desejo quente que emanava do corpo de Guilherme; e a combinação de sua língua explorando sua boca com o jeito que ele tinha levado a mão até seus cabelos, a segurando com a firmeza que ela gostava. Flávia sentia suas pernas vacilarem, a fazendo a buscar apoio nos ombros largos do cunhado, pressionando suas curvas contra o peitoral desnudo dele e o obrigando a se inclinar sobre ela.
Mesmo que estivesse com um babydoll de seda, era possível que ele sentisse com perfeição a curvatura daquele corpo glorioso e delicado, junto dos seios firmes sendo pressionados e esfregados avidamente contra seu peitoral. Eram tantos desejos e sensações que eles poderiam entrar em combustão juntos... causando algo tão intenso naqueles corpos como se não tivessem se tocado há meses.
Guilherme puxou lentamente o lábio inferior da mulher entre os dentes enquanto mantinha os fios pretos de seis cabelos muito presos entre os dedos, enviando todos os tipos de arrepios e descargas pelo corpo da cunhada.
– Você está com raiva de mim, garoto? – Flávia perguntou ofegante, sentindo suas pálpebras pesadas pelo êxtase do desejo.
– Com raiva de você? É humanamente impossível sentir raiva de você, carinho... eu estou com raiva da vida, dessa situação. Por ter que beijá-la escondido, por não poder tê-la tirado para dançar e ter sussurrado em seu ouvido o quanto estava maravilhosa esta noite. Raiva por não poder te amar do jeito que você merece.
Flávia não soube o que responder já que tinha a certeza de que se falasse qualquer coisa, uma tempestade de lágrimas iria lhe atingir mais uma vez porque era exatamente isso que a mulher sentia. Ela sentia raiva, mas uma raiva que havia denominado frustração, tristeza. Ou melhor, ela havia sim denominado como raiva, mas não raiva da vida. Raiva dela mesma por ter se colocado nessa situação e por ter machucado tanto aquele homem.
– Eu amo você. Já falei isso hoje? – ela disse com um sorriso singelo, aninhando o rosto na palma larga do rapaz.
– Hoje... hoje não! – Guilherme sorriu, beijando-a mais uma vez. Pressionando seu corpo contra o dela, a fazendo ofegar ansiosa com a constatação de que havia algo delicioso e devidamente duro entre eles.
– Hmm... tem alguém devidamente acordado aqui! – Flávia apontou ofegante, investindo contra ele.
– Sempre para você... mesmo me acordando antes mesmo do amanhecer.
– Você está então bravo comigo... – ela sorriu com malícia, aproximando seus lábios dos dele, mas apenas o suficiente para que conseguisse encostá-los enquanto falava, dando ao homem uma ilusão de beijo. – Eu pediria perdão se me sentisse minimamente culpada...
– Você pode se reunir dando uma atenção especial aqui... – Guilherme confessou, investindo os quadris contra o abdômen dela. – Eu estou louco para te sentir, Flávia.
– Não posso negar dar essa atenção a ele... – ela declarou, levando a mão a ereção muito marcada por cima do tecido de algodão da boxer preta dele. A envolvendo com a palma de sua mão, aplicando a pressão exata no membro duro e nas bolas pesadas dele. – Mas vai ter de ser do meu jeito...
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Imbranato
FanfictionImbranato | au flagui Em que Flávia é uma psicóloga renomada, mas que vive em um casamento fracassado de sete anos com Marcelo. ou Em que Guilherme é um psiquiatra de prestígio, mas que foi renegado por ser filho bastardo de Daniel e meio irmão de...