Te Quiero - Gadri

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O caminho até o lugar que Gavi ainda não sabia onde era estava sendo bastante agradável e feliz, apesar de estar demorando mais que o esperado. Ambos conversavam sobre tudo, cantavam músicas aleatórias e ficavam flertando um com o outro.

A conexão só crescia.

- Já te disseram que você fica bonitinho dirigindo? - o menor perguntou encarando o moreno e Pedri apenas sorriu de canto. Antes de responder, Gavi cruzou os braços e fez um leve bico. - Aliás, nem responde...

- Não quer mesmo saber?

- Prefiro acreditar que a resposta seja não.

González riu levemente e negou com a cabeça. Ele se considerava uma pessoa ciumenta, mas Páez também não ficava atrás. Mas ainda assim não era uma coisa forçada e nem muito sufocante, só o básico entre os dois. Gavi levou o olhar para a janela assim que sentiu o carro parar e franziu a sobrancelha.

- Chegamos, meu bem. - murmurou e desligou o carro, descendo do automóvel. Deu uma volta no mesmo e abriu a porta, esticando a mão para o menor, que ainda estava sem entender. - Eu sei que está confuso, mas você vai entender.

- Confio em você.

Pablo sibilou ao observar a casa bonita em sua frente e entrelaçou seus dedos com os do mais velho, fazendo Pedri sentir um leve arrepio. Guiou o menor até a porta principal e com a mão livre, pegou as chaves em seu bolso abrindo-a. Gavi entrou atrás dele com um olhar curioso.

- Aqui era a casa da minha mãe. E agora, melhor dizendo, a minha casa. - González fechou a porta atrás de si, dando espaço para o menor analisar todo ambiente e umedeceu os lábios. - Demorei muito tempo para vir aqui, depois de tudo que aconteceu, mas minha tia sempre fez questão de cuidar de tudo. Ela dizia que um dia eu voltaria, afinal, é minha. E eu voltei.

- Uau...

- Eu tomei coragem há umas semanas atrás, depois de muito conversar e pensar. É difícil reviver o passado, mas eu precisei fazer isso. - Gavi olhava tudo ao redor, completamente maravilhado. Tudo estava cuidado, limpo e cheiroso. Parecia um lar, mesmo que ninguém morasse ali. - Mudei algumas coisas. Ainda não sinto pronto totalmente para morar aqui, nem consigo me sustentar, mas é um primeiro passo...

- Ela é linda, Pepi. - o mais novo estava encantado e ainda mais orgulhoso pelo maior ter superado todos seus sentimentos. Se aproximou do painel que ficava na sala. Não tinha muitos móveis, mas ainda tinha algumas memórias bem bacanas. Por exemplo, algumas fotografias. Pegou uma delas, sorrindo largo ao observar Pedri pequeno. - Você parecia ser uma criança muito agitada.

- Eu era curioso. Mas sempre fui quieto e na minha. - se aproximou, ficando ao lado do menor e sorrindo ao ver também as fotos. Era gostoso relembrar. - Mas, enfim, eu só queria que você soubesse que eu te trouxe aqui porque  você é uma das únicas pessoas que eu mais confio e eu queria te mostrar esse lado, que ainda estou superando, da minha vida.

Murmurou, encarando o menor ao seu lado. Gavi colocou a foto no lugar, se virando para o outro com um sorriso bobo nos lábios. Ele admirava bastante esses atos e amava saber que o mais velho confiava nele. Levou sua mão até o rosto alheio e fez uma carícia em sua bochecha com o polegar.

- Obrigado por confiar em mim. Eu amei saber mais sobre você.

- Não me agradeça, cariño. Eu que tenho que agradecer por você estar aqui.

•••

Depois de um tempo, Gavi tinha conhecido a casa inteira. Não era muito grande e tinha somente um andar, mas dava para perceber o carinho e cuidado que aquele lar emanava. Além de ter praticamente toda a história da vida do mais velho. Pedri contou também seus planos - estava mudando algumas coisas e, em breve, tudo estaria da maneira que ele sempre desejou.