Sendo o gângster mais perigoso de Daegu, Kim Hongjoong vive com seu lado maníaco exposto, controlando friamente sua gangue. Entretanto, a descoberta de que seu antigo amor ressurgiu estranhamente das cinzas, revirou tudo por completo.
Mesmo depois d...
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O mar estava mais agitado do que o comum. Precisou segurar firme nas cordas enquanto checava se as redes estavam cheias o suficiente; observou feito um gato à espera de um bote para pegar qualquer peixe que ousasse saltar dali; sorriu vitorioso com a quantidade vantajosa que havia conseguido.
Relaxou mais um pouco ao sentar no banco de encosto e pousou a mão sobre o mar gelado da ilha de Jeju, refletindo o fato cômico de nunca ter pensado em viver uma vida daquele jeito.
Aquela paz tornava tudo estranhamente bizarro.
Kan Yeosang não precisou de muito para se estabilizar na pequena ilha; alugou uma pequena casa com uma loja onde abriu uma oficina de mecânica e nos tempos vagos, ia pescar bons peixes para vender na feira da cidade. Não fez contato com muitas pessoas, na verdade, quase não o viam pela rua e os comentários curiosos sobre ele, só faziam com que achasse tudo ainda mais engraçado.
Os cabelos escuros e compridos que chegavam até seu pescoço esguio, estavam completamente bagunçados pela ventania do mar revolto e ao respirar fundo, podia sentir o cheiro salgado da maresia. Era estranho que sua mente sempre associava ao gosto ferroso de sangue, pelo simples motivo de que, aquele gosto era algo que nunca sairia da sua mente.
Assim como as malditas recordações.
[FLASHBACK ON]
O disparo foi certeiro e seguro, o corpo de Lion Cartel tombou de joelhos, os olhos verdes do maldito estrangeiro estavam fixados aos dele, caminhou devagar até que ele esticasse a mão em sua direção, com um maldito sorriso nos lábios.
— Ser o filho da puta de um traidor não combina em nada com você, Yeosang.
— Não estou te traindo, Lion. — Sorriu maquiavélico enquanto se ajoelhava para assim, sussurrar próximo ao ouvido dele — Estou me livrando de você.
Terminou de empurrar o corpo do estrangeiro que não estava mais tão forte como antes, olhou em seu rosto como quem contempla uma tela em branco, pronta para ser tingida, e ao mirar seu revólver, disparou mais cinco vezes, intercalando em centímetros de cada parte daquele rosto. Respirou fundo com um sorriso pequeno no rosto e logo se virou para procurar por Hongjoong, mas Yoongi surgiu em seu campo de visão rápido demais.
— Vocês têm que sair daqui agora
— Mas você-
— Hoseok chamou a polícia, eles já estão aqui. — Segurou no ombro do amigo e o puxou para um abraço. — Por favor, vão para bem longe e sumam da vista de qualquer um.
— Ele vai ficar bem? — Apontou com o rosto para o senhor, que estava caído e Yoongi olhou segurando seu choro.
— Ele precisa ficar. Toma, ele tá lá atrás e tem gasolina o suficiente. Vão. Agora! — Colocou as chaves na mão de Yeosang e se virou para socorrer Dae Jung.
