Sendo o gângster mais perigoso de Daegu, Kim Hongjoong vive com seu lado maníaco exposto, controlando friamente sua gangue. Entretanto, a descoberta de que seu antigo amor ressurgiu estranhamente das cinzas, revirou tudo por completo.
Mesmo depois d...
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A primeira coisa que fez ao entrar no carro foi se limpar do sangue seco de Jongho em suas mãos, seu corpo foi relaxando à medida que a ficha ia caindo. Queria dizer alguma coisa que fosse impactante para Seonghwa, mas estava encolhido no banco ao seu lado, após chorar por algumas horas, acabou caindo em um sono profundo.
Queria tocá-lo, trazer ele para mais perto, deitá-lo em seu peito e confortar com um abraço. Mas não sabia como fazer, estava nervoso, estressado e feliz. De repente, o brilho vermelho em seus olhos desapareceu, dando lugar ao Hongjoong antes de sua morte, aquele que era mais tranquilo e amoroso, que reparava em detalhes e gostava de agradar.
Era informação demais para processar em tão pouco tempo, mas Hongjoong tinha certeza de que quando chegasse no flat favorito deles, o seu namorado, iria ceder aos beijos que um dia tanto amou receber.
Seonghwa tentou se controlar dentro daquele carro, e para evitar qualquer tipo de conversa, fingiu um sono pesado. Não houve paradas em lojas de conveniências ou algo do tipo, observou que aquele motorista estava tentando chegar o mais rápido possível no endereço destinado.
Foi quando percebeu estar com seu pijama da saga Star Wars, preto com algumas caricaturas do Darth Vader em estampas medianas, se encolheu não contendo a vergonha por nem perceber isso antes, ameaçou abrir os olhos e nesse meio tempo esbarrou com os de Hongjoong.
Encarando cada detalhe seu, como quem sente medo de perder uma partícula sequer.
O homem estava sentado com uma postura um tanto relaxada, as mãos cheias de anéis sobre suas pernas e o terno escuro completamente aberto. Alguns botões da camisa social estavam abertamente convidativos, e Seonghwa correu os olhos do rosto ao restante daquele corpo, engoliu a seco tentando criar coragem para iniciar uma conversa, mas preferiu optar pelo silêncio.
Queria saber como estava Jongho, se Yeosang estava lá com ele. O coração apertado com a imagem do amigo no chão todo machucado, juntamente com a aflição de estar ali com alguém que não conhecia, mas que se lembrava. Era estranho o misto de sensações, de um lado ele queria tentar voltar para Jeju e ficar ao lado dos amigos, no entanto, por outro lado, queria continuar ali do lado daquele homem de cabelos azuis, que o engolia com seus olhos misteriosos.
Horas se passaram quando foi acordado pelo motorista, estava sozinho no carro e se assustou por isso. Seria ridículo admitir em voz alta, mas Seonghwa acreditou estar vivendo um sequestro em que colocariam ele em uma sala de algum subsolo, com direito a comidas congeladas e risadas maléficas. Mas foi completamente o oposto, sendo recebido por aquele senhor com muita educação.
Assim que saiu do carro percebeu estar em Busan, de frente para um flat próximo a uma praia, completamente solto e sem ninguém para ameaçar sua vida. Caminhou meio confuso, a tontura vindo a galope com uma estranha sensação de que já esteve ali, em algum tempo da sua vida, assim que entrou na sala foi reverenciado pelos empregados e franziu a sobrancelha sem entender a quantidade de pessoas que estavam ali para recebê-lo.
