11. Então me obrigue

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Achou que eu tava brincando?
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Desde que tudo aconteceu, Seonghwa decidiu se trancar no quarto para chorar com todas as forças que conseguiria. As falas em que formaram as frases que ouviu atentamente naquele maldito deque, rodeavam em forma de alerta sobre sua cabeça.

Nada do que disseram para ele quando acordou do coma era verdade. De repente, tudo se tornou uma grande mentira pesada para suportar sozinho. Queria ter mais coragem para sair dali sem rumo, já que a sensação no peito era completamente igualitária ao caos que estava vivendo.

Entretanto, algo em si o fazia congelar, queria entender o motivo e os incontáveis porquês que rodeavam sua mente. Não deu a menor importância para os chamados carinhosos de Jongho – que dormiu encostado em sua porta –, ou das mensagens de Yeosang, o convidando para respirar um pouco.

Estava de pijama, e espalhado sobre sua cama de casal de um jeito preguiçoso, passou as mãos pelos cabelos escuros e respirou fundo, soltando o ar por completo dos pulmões. Das lembranças que mais o deixaram confuso, era do sorriso que surgiu em sua mente que mais chamava a sua atenção.

Os olhos escuros possuíam um brilho intenso, a voz meio rouca próxima ao seu ouvido e a sensação de formigamento que descia até seu umbigo, reviravam tudo. Chamou seu nome tão convicto, de que poderia ver mais do que um simples borrão, a curiosidade berrando dentro dele para saber quem de fato era, e principalmente, se pertencia de fato aquele homem.

Quando abriu a porta deu de cara com Jongho cochilando sobre o sofá, era evidente o cansaço em seu rosto. Seonghwa não conteve o sentimento de culpa, então caminhou até a cozinha pegando um copo de água gelada e quando voltou, observou que o detetive estava coçando os olhos para se manter atento a sua presença.

— Você precisa comer, faz três dias que não sai desse quarto. — A voz de Jongho saiu suave, tentou sorrir pequeno, mas não conseguiu.

— Quando eu acordei você foi a única pessoa que estava lá, e que ficou ao meu lado em toda a minha recuperação. — Disse de um jeito calmo enquanto caminhou para sentar ao lado de Jongho. — Confiei fielmente em cada palavra que você disse Jongho, então só me explica o motivo de tanta mentira. — Virou seu copo com água de uma vez.

Jongho encarou seus olhos que já estavam cheios de lágrimas, engoliu a seco e respirou fundo.

— Você estava correndo perigo Hwa, e infeliz ou felizmente, eu era a única pessoa que poderia mudar isso. — As mãos apertaram com força suas próprias pernas. — Sei que nada disso vai fazer sentido, mas preciso que escute com atenção em cada palavra que vou dizer.

Seonghwa concordou enquanto uma lágrima rolou pelo seu rosto, e por minutos incessantes e dolorosos, ouviu cada detalhe da explicação que Jongho deu. A verdade de quem ele era, sobre o que fazia e até a quem pertencia, pareceu ser a coisa mais louca do mundo, no entanto, era o seu verdadeiro eu.

DARK HEART | seongjoongOnde histórias criam vida. Descubra agora