4. Para se lembrar de mim

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O abraço e a voz chorosa confundiram seus sentidos e precisou de muito esforço para continuar com a mente no lugar. No entanto, Yeosang se afastou para admirar novamente seu rosto, a estranheza no olhar dele, como se o conhecesse a bastante tempo, só martelou dolorosamente na cabeça de Seonghwa.

— Acho que você se enganou. Seonghwa você não tinha uma sessão de fotos para fazer? — A voz baixa de Jongho saiu trêmula, indicando com clareza que havia algo de errado.

Uma das coisas que Yeosang mais se orgulhava era sua velocidade, e não a poupou quando em um golpe simples, jogou Jongho contra a parede mantendo sob a mira de uma navalha, feita de um cabo de serpente em um perfeito tom verde.

— Você tá maluco? Solta ele, por favor! — Seonghwa não se aproximou por medo, seus olhos foram de encontro com o objeto perfeitamente posicionado sobre a artéria nítida de Jongho.

Então o reflexo veio, um flash de uma cena que invadiu sua mente, impedindo de focar em qualquer outra coisa, respirou fundo tentando se controlar da tontura e do embrulho no estômago.

A velocidade de um carro, o motor roncando alto e uma voz grossa e aveludada, sua risada, sentimentos...

Chamava seu nome, gritava por ele...

O gosto de sangue na boca, o choro, a navalha afiada da serpente, era roxa, pertencia a ele...

Não sentiu quando uma lágrima grossa escapou de seu olho e rolou por seu rosto, as mãos estavam geladas, o coração batia acelerado no peito, então não pensou muito apenas tocou no ombro de Yeosang com uma certa sensação de que ele iria parar se pedisse.

— Solta ele, eu tô pedindo. — O tom de voz saiu baixo, ele ainda lutava para controlar sua respiração e se afastou para buscar ar, não estava se sentindo bem.

Yeosang por sua vez não mexeu um fio, a navalha se mantinha firme sobre o pescoço de Jongho que estava em desespero. As respirações estavam em um ritmo sincronizado de medo e raiva. Jongho pousou a mão sobre a navalha vagarosamente e balançou a cabeça, como quem se rende com uma bandeira branca da paz.

— Filho da puta, a gente tinha certeza de que ele havia morrido. — A raiva tomava ele a cada segundo.

— Yeosang...

— Nós fizemos a porra de um funeral, sofremos em cima de um caixão vazio porque a porra da polícia não deixou a gente pegar o corpo.

— Se você não me soltar, eu não vou contar — Engoliu em seco controlando o nervosismo. — Ele não se lembra de porra nenhuma, a gente pode sumir e ele nem vai perceber nada.

DARK HEART | seongjoongOnde histórias criam vida. Descubra agora