5. Diabo Protegido

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A cena poderia ser até cômica se parasse para olhar de outro ângulo. As flores que dias antes ele tanto lutou para manter intactas, estavam amassadas brutalmente e enfiadas em uma lixeira improvisada; as redes jogadas por cima do barco exalavam um cheiro forte de peixe e maresia, que se intensificaram ainda mais. Entretanto, nada disso era páreo para despertar Yeosang, sentado feito uma estátua, absorvido em seus pensamentos que lhe perturbavam ainda mais desde o acontecido.

— Yeosang?

Sua voz saiu calma e estranhamente tranquila, não pediu permissão ao entrar no barco e deu alguns passos até que ficasse diante dele. Yeosang elevou um pouco o rosto e acenou com a cabeça, controlando a vontade de não atacá-lo novamente, dessa vez, sem hesitação alguma, mas apenas respirou fundo e se levantou, cruzou os braços e buscou pelo olhar de Jongho.

Seu corpo entregava com exatidão o aroma mais perfeito: medo.

— Onde ele está? — Perguntou firmemente enquanto o outro engolia em seco.

— Seonghwa ama fotografar e gosta de receber os visitantes, aceitou isso como um trabalho. — Sorriu sem perceber, mas logo se controlou diante do olhar intimidador do Kang. — Ele está bem.

— No dia da invasão eu fiquei para trás, e vi quando a polícia invadiu o prédio. — Respirou fundo, controlando as sensações das malditas lembranças. — Tiraram o corpo dele de lá, e você estava lá Choi Jongho, com o corpo do meu amigo morto.

Não percebeu quando caminhou até ele, pousando o dedo sobre seu peito que subia e descia rapidamente em busca de autocontrole, Jongho não se mexeu e nem quis. Yeosang tinha olhos demoníacos e uma sombra negra sobre seu rosto, tinha a total certeza de que se não medisse as palavras e contasse cada detalhe, certamente, seria seu último dia de vida.

— Ele não estava morto Yeosang, vocês deixaram Seonghwa para trás com vida. — A voz saiu cautelosa, observava a mudança de expressão de Yeosang.

Deu alguns passos para trás mirando o paneiro sujo e úmido, coçou a cabeça buscando informações, e em nenhuma delas recordava da lembrança de Seonghwa dando algum sinal de vida. Não havia nenhuma certeza plausível que pudesse mudar isso – além do fato de encontrar o amigo em vida na ilha de Jeju – então tornou a olhar para Jongho que mais parecia esperar com paciência a sua confusão passar.

— Eu jamais deixaria meu melhor amigo para trás. — Riu negando com o rosto, a expressão fria e cautelosa. — Me dá um motivo, e muito bem detalhado Jongho, eu não quero ter que sujar meu barco com a porra do seu sangue.

— É melhor você sentar então.

[FLASHBACK ON]

Choi Jongho foi o detetive mais ágil do batalhão, conseguindo rastrear o ponto de tráfico e lavagem de dinheiro de Lion Cartel. E assim que conseguiu as exatas coordenadas, mandou uma equipe enquanto acionava outras viaturas que rodeavam o local, não queria participar da tal emboscada, mas desde que Yunho assumiu o posto não dava para ele um minuto de paz.

DARK HEART | seongjoongOnde histórias criam vida. Descubra agora