- Ah, tá - Falei e tomei o último gole na minha xícara - E querem saber o que?
- Fácil assim? - O tal Choji perguntou, eu olhei para Kazutora e ele olhou pro garoto.
- Saiko não liga pra essas coisas, ela falou sério sobre a psicopatia, ela não precisa de dados inicias, de informações, ela consegue tudo apenas observando o ambiente, e vai conseguir entrar no meio deles mais rápido do que qualquer outro conseguiria - Kazutora explicou e eu me levantei.
- Como? - Hanma perguntou me olhando, sorri sarcástica.
- Por que eu não me importo, só existem duas coisas atualmente com as quais me importo, fora eu mesma, e com eles longe da situação - Dei de ombros e observei o garoto com tatuagens nas mãos - Não tenho nada a perder.
Esses eram os piores tipos de pessoas.
Aqueles que não tinham nada a perder.
Só os deuses sabem até onde somos capazes de chegar.
- Então, seguinte, não quero nenhum de vocês dois aqui sem me avisar com antecedência, nem nenhum outro membro da gangue de vocês e Kazutora, vai ter que me avisar sempre que for chegar em casa - Peguei uma maçã.
- Pra que tudo isso? - Hanma se levantou também, revirei os olhos.
- Vai mesmo me fazer explicar tudo, sempre? Minha mente trabalha diferente da sua, vejo coisas que você não vê, crio as variáveis na minha cabeça e assim organizo soluções pra elas.
- No momento que sugerimos isso pra ela, ela já sabia tudo que iria dizer - Kazutora falou - Ela cria as respostas pra cada uma das nossas possíveis perguntas, cria planos em milésimos de segundos e tudo que pode dar errado, ela já sabe antes e cria uma solução pro problema, então se ela esta dizendo essas coisas, é pra prevenir problemas, assim o único erro vem dos outros, e não dela, todas as ações dela são repensadas várias e várias vezes antes, exceto quando...
- Exceto nada - Olhei para Kazutora com um claro olhar de "Fique quieto".
- Tá - O maior parecia contrariado, mas concordou, dava pra notar nele que ele buscava uma liderança que não tinha.
- Mas aqui, uma variável minha - Kazutora veio na minha direção - Caso algo dê errado ou você precise de força bruta - Ele puxou do bolso um brinco idêntico ao seu - Ande com ele, vão saber que está comigo e vão atender você, qualquer membro da Valhalla.
Assenti pegando o brinco e colocando no bolso.
O pequeno grupo se despediu e eu busquei minha bolsa para ir ao colégio.
Chegando lá, com um olhar que eu mantinha entediado, observei os arredores e facilmente já identifiquei alguns membros da Toman, eu sempre os via, mas hoje tinha um interesse diferente.
Vi rapidamente que haviam duas garotas entre eles, seria por elas que eu começaria.
Fui até a sala de aula e fiquei sentada na janela até que a pessoa que eu queria chegasse, vi ela mesma entrando, Hinata Tachibana, hoje teríamos um trabalho e eu estava disposta a fazê-lo com ela.
A aula se decorreu tranquila, até que o professor falou sobre o trabalho, eu assumi uma expressão tímida e cutuquei o ombro da garota a minha frente.
- Com licença..?
- Olá, tudo bem? - Ela me olhou sorridente.
- Ah, se por um acaso você não tiver dupla hoje, e quiser fazer o trabalho comigo... - Falei baixo, ela sorriu abertamente.
- Faço sim! Claro! - Ela me estendeu a mão - Sou Tachibana Hinata, e você deve ser a Yatanabe Saiko, certo?
Ela sabia meu nome?
Pisquei algumas vezes e adquiri um sorriso pequeno.
- Eu mesma.
- Ouvi meu namorado falando com os amigos dele, eles falaram de você - Ela contava entusiasmada - Você deve ser tão forte!
Então a bendita Toman estava com meu nome na boca.
Bom saber.
- Ah nem tanto... Só sei me defender.
Os dados sobre o trabalho foram passados e nós fizemos ele durante a aula, Hinata era sorridente e divertida, e adorava falar.
Chegado o intervalo, me despedi dela e já tinha mais uma carta na manga para o refeitório, ela se sentava fielmente com seu namorado todos os dias, que era ninguém mais que um membro da Toman, e ele se sentava na mesa da Toman.
Andei pelos corredores breve e no refeitório busquei uma bandeja com comida e me sentei em uma mesa vazia, lancei um olhar para Hinata quando a vi sentada na mesa a poucos metros e fiquei a observando, até que ela deve ter se sentido observada e virou na minha direção.
Abaixei a cabeça e foquei na minha comida, e em poucos segundos pude ver o cabelo rosado e curto em minha frente.
Fácil demais.
- Saiko, está sozinha hoje?
- Ahm... Eu sempre estou, Hinata - Falei baixo.
- Entendo... Quer se sentar comigo? - Ela perguntou com um pequeno sorriso.
- Jura? - Levantei a cabeça pra ela e depois me encolhi - Quer dizer... Sim, claro, se não for te causar nenhum incômodo.
- Você não é um incômodo Saiko! - Ela sorriu e pegou minha bandeja com uma mão, me puxando pela outra e nos guiando até a mesa, sorri internamente - Gente! Essa é a Saiko! Sejam gentis seus ogros!
- Assim você queima nosso filme Hinata - O de cabelo longo falou, era Keisuke Baji.
- Só trabalho com verdades! - Ela sorriu se sentando, colocou minha bandeja na mesa e me puxou para sentar com ela - Vamos as apresentações...
Hinata apresentou o grupo, que eu já conhecia facilmente, e então me colocou em uma conversa acalorada entre ela, Emma Sano e Chifuyu Matsuno.
Eles estavam basicamente fofocando sobre uma das peguetes de Mikey.
Pelo que pude analisar, o grupo era tranquilo em si, mas os garotos tinham personalidades diferenciadas.
Seria interessante ver como tudo isso iria decorrer.
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Psico Love - Tokyo Revengers
FanfictionSaiko sabia que tinha problemas. Mas lidar com eles não era a primeira coisa na sua lista de prioridades. Ele sim era. A pessoa que roubou a coisinha ínfima que ela chamava de coração. Um casal que deixaria Tokyo de cabeça pra baixo. "- Eu já vi iss...