Irmãos

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Durante a breve semana, andei atras de Hamire tirando fotos, pedindo que membros da gangue ficassem na volta dela e também quase atropelassem ela na rua, mas a deixassem ilesa.

Hanma a cada dia parecia mais nervoso, de acordo com Sanzu, o garoto que me trazia informações, os membros restantes da Valhalla haviam se unido a Toman e isso me trazia raiva e nojo.

Naquela noite de sábado, Izana me avisou que iriam para uma boate e me convidou, então acompanhei o grupo para o lugar, vestindo um vestido vermelho justo e um salto alto da mesma cor.

No local, era óbvia a atenção que nosso grupo recebia, o rei de Yokohama, e futuramente o rei do Japão, estava ali e olhava a todos como se fossem menos que fumaça.

Seguimos até sofás pretos estofados e ficamos inicialmente por ali, eu já tinha um copo de whisky na mão, mas ainda não era o suficiente, então quando Izana foi falar com alguém junto com Kakucho, enfiei uma mão no sutiã e tirei um pino de cocaína.

– Uou, está indo longe – Ran me olhava com um cigarro entre os dedos.

– Só pra adoçar a noite – Murmurei colocando a droga na mão e inalando em seguida, jogando a cabeça pra trás e soltando um som de satisfação.

– Ei, seja legal e divida! – Rindou se sentou ao meu lado, virei o restante do pó na mão e estendi pra ele, que repetiu o mesmo processo que eu, esfregando o nariz em seguida.

Tirei outro pino escondido no sutiã e fiz o processo novamente, virei o copo de whisky e me levantei.

– Eu vou me divertir.

Avisei já saindo. A música estourava nas caixas de som e as pessoas dançavam na pista como se o mundo fosse acabar, mas seus sorrisos e expressões felizes me faziam querer entender aquele sentimento confuso.

Onde estava a felicidade em beber e se drogar? Minha mente não era capaz de compreender. Mas eu as via sorridentes e pulando e dançando umas com as outras e o pensamento que conseguia processar era de que, aquilo trazia felicidade.

As vezes era difícil compreender sentimentos pra mim, pois minha condição impunha que eu deveria sentir nada, e o pouco que eu sentia era controverso e errado, assim como meu amor doentio e minha raiva e sede de vingança insaciáveis.

Então por mais que não compreendesse, me enfiei entre aqueles corpos suados que exalavam serotonina.

Eu queria ser feliz daquele jeito também.

Comecei a mover o corpo no ritmo da música, até que estivesse a mercê das batidas, e meu corpo se movesse por conta própria.

Pulava e rebolava e erguia os braços para cima, jogava a cabeça para trás e para os lados, meu cabelo estava grudado no rosto, passava as mãos pelas curvas do meu corpo tentando ignorar o fato de que as mãos que eu queria, estavam frias e secas em algum lugar.

Repentinamente senti mãos em minha cintura, e antes que pudesse me afastar, Ran apareceu a minha frente, senti beijos molhados na nuca, se o mais velho estava a minha frente, Rindou deveria estar logo atrás.

E por mais que um lado meu quisesse afastá-los, outro lado queria mais que tudo que eles me fizessem esquecer e experimentar essa felicidade que eu via ao redor, então sem ressalvas permiti que passassem as mãos sobre meu corpo e aquecessem pontos de prazer que eu não costumava usar muito.

Ran juntou os lábios aos meus cheio de malícia, enquanto Rindou chupava meu pescoço e ao mesmo tempo nos moviamos ao som da batida eletrônica.

Quando o mais velho se afastou, Rindou girou meu corpo pra ele e atacou meus lábios no mesmo segundo, Ran juntou seu quadril ao meu, me deixando sentir sua ereção e me fazendo soltar um gemido entre o beijo de seu irmão, então ele começou a chupar o outro lado do meu pescoço, ambos me deixaram marcada, um em cada lado.

– Vamos dar uma volta – Ran sussurrou e eu apenas assenti mordendo o lábio inferior ao meu afastar do mais novo, este me puxou pela mão e fomos para os fundos da boate onde curiosamente era possível alugar uma sala privada.

E os irmãos já tinham uma reservada.

Brutos.

Era a palavra que podia usar para descrevê-los.

Eles sabiam o que eu queria e do que precisava, e não ligavam para o fato de que eu os estava usando para afogar meu ressentimento.

Assim, Ran me jogou na enorme cama que havia ali, atacando o colo dos meus seios em seguida com beijos e mordidas, Rindou se juntou a nós e baixou o zíper que havia na lateral do meu corpo, abrindo o vestido.

O mais velho se afastou e tirou meus saltos, em segundos eu estava apenas de lingerie e a dupla começava a tirar a própria roupa enquanto eu observava extasiada.

Suas tatuagens se completavam.

Quando vi isso a primeira vez no reformatório, eu não liguei, desejo carnal não era algo que me brilhava os olhos, eu encontrava o prazer da mente em outras coisas, mas agora...

Agora eu queria muito tê-los.

Ran subiu por cima de mim e pegou o cinto da sua calça, usando ele pra prender minhas mãos, então entregou nas mãos de seu irmão que puxou o cinto me virando, então o mais velho ergueu meu quadril, me deixando de quatro e apertou minhas coxas.

Rindou a minha frente ergueu meu rosto segurando pela mandíbula e notei que ele já estava sem sua boxe, deixando seu membro visível pra mim.

Quando ele colocou seu membro em minha boca, soltou um gemido, senti Ran soltar o fecho do meu sutiã e descer minha calcinha.

Soltei uma exclamação de prazer contra o membro de Rindou quando senti Ran passar a língua pela minha intimidade, em seguida chupando. O mais novo a minha frente começou a foder minha boca, estocando seu membro, enquanto Ran me chupava e inseria dois dedos em mim.

Em seguida Rindou gozou na minha boca e em sincronia eu gozei nos dedos de Ran, mas rapidamente eles trocaram de posições, o mais velho se deitou e me puxou pra cima dele, encaixando seu membro na minha buceta em seguida, me fazendo gemer alto com seu tamanho.

Então Rindou foi pra trás de mim e aproveitou que seu membro já tinha sido lubrificado pela minha boca, enfiando em seguida em minha outra entrada, então ele puxou meus braços que estavam amarrados pelo cinto para trás, dando mais força as suas estocadas e me fazendo gritar alto enquanto sentia os dois se movendo em sincronia dentro de mim.

Eles ficaram mais algum tempo estocando e gemendo baixo enquanto eu já havia gozado mais de uma vez, eles pareciam não cansar. Até que enfim senti seus membros latejarem e ambos despejaram seu gozo em mim.

Os irmãos se afastaram, deitando na cama, e eu respirei fundo retomando o fôlego, então me levantei e fui até o banheiro com minhas roupas, tomei um banho de minutos, vesti minha roupa, arrumei a maquiagem e saí.

Ambos permaneciam deitados, e pareciam achar que eu também iria ficar, mas mudaram as expressões quando eu acenei e fui saindo.

Eles sabiam onde estavam se metendo, não podiam me culpar, sabiam que eu não me importava, mas sentimentos eram uma coisa estranha.

Por mais que não quiséssemos sentir, as vezes, era impossível ignorar.

Psico Love - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora