Um Plano

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O restante do dia foi simples e tudo havia corrido da maneira que deveria.

Depois se ter chego em casa e informado Kazutora sobre tudo, sai pra espairecer a cabeça, colocar meus pensamentos em ordem.

Comecei a caminhar e caminhar e parei em uma praça qualquer, haviam garotos jogando futebol e outros parados, um breve risinho e ignorei todos, fui até o gramado onde me sentei na grama e então me deitei, observando o céu azul.

Ficava refazendo meus planos centenas de vezes na cabeça, formando diálogos e cenas, tudo que poderia acontecer, e criava respostas, mecanizada meus movimentos.

Pelo que notei a Toman tinha uma tendência a proteger os "mais fracos", tanto que a própria irmã do Mikey não sabia lutar e era constantemente protegida pelo irmão e pelo garoto que ela claramente gostava, o vice comandante.

Então minha primeira estratégia seria agir da mesma maneira e ver como eles reagem, se vão me proteger também, e assim posso estar mais próxima do círculo deles.

Caso não dê certo, eu ainda posso me defender. E não só isso.

Me sentei na grama e olhei ao redor. Ok, já sabia o que fazer. Chamei Kazutora no celular e ele respondeu rapidamente, fiz alguns pedidos e ele afirmou que faria rapidamente.

Me levantei e olhei para o grupo que havia visto antes, observei alguns segundos até que eles notassem minha presença, então, ensaiadamente arregalei os olhos e me virei rapidamente saindo do parque.

Caminhei pelas ruas olhando as vezes por cima do ombro, então, entrei no beco que havia avisado a Kazutora, e lá estavam os membros da Valhalla que eu havia pedido, levantei o brinco que fazia par com o do tigre e eles assentiram.

Em silêncio ergui um dedo e contei até três sem som, então eles vieram pra cima de mim, me intimidando.

- O que faz aqui gracinha? - Um deles perguntou se aproximando a frente do grupo, assumi uma expressão de medo.

- Podemos levá-la pra casa, cara - Outro falou.

- Pra sua casa ou pra minha? - Eles riram entre si e eu continuava me afastando.

Então quando eu havia saído de costas do beco, acabei batendo com as costas em alguém e dei um sorriso de canto.

- O que estão fazendo aqui? - Ouvi a voz de Mitsuya.

- Já é a segunda vez que estão na nossa área só essa semana - Foi Baji dessa vez, ele tinha uma xuxinha de cabelo entre os dentes e estralava os dedos.

Senti mãos em meus ombros, fui delicadamente puxada pra trás por Mitsuya, e os demais que estavam com ele foram a frente brigar com os caras da Valhalla.

Eu estava certa, eles sempre defenderiam.

- Você gosta mesmo de uma confusão - Mitsuya riu me afastando do local.

- Você não vai ajudar eles? - Perguntei apontando pra trás, haviam uns oito caras da Valhalla, e só Baji e Chifuyu ali enquanto o platinado me afastava.

- Eles? Ficariam ofendidos se eu me metesse - Mitsuya sorriu e comecei a ouvir os sons dos socos, a Valhalla que me perdoe, tudo pelo plano - Mas e você? Tava fugindo por que?

- Eu não tava fugindo - Virei o rosto - Tava com pressa.

- Pra ir a onde?

- Pra casa.

- Mas sua casa não era pro outro lado?

Ele era mais esperto do que eu pensava.

- Não é só por que é o lugar onde eu moro, que é minha casa - Dei de ombros - Ia passar em outro lugar.

- Quer me contar? - Ele andava ao lado com mãos nos bolsos, e parecia genuinamente interessado em saber.

- Não, vocês não vão querer ficar perto de mim se souberem minha outra casa.

Vamos de máscara de coitadinha.

- Duvido muito - Ele sorriu.

- E se eu dissesse que minha antiga casa era o reformatório? - Notei que ele parou de andar e olhei por cima do ombro, soltei um riso com a cara de espanto dele - É, garotas também vão pro reformatório.

- Não é isso, é só que... Não imaginava.

- Tudo bem - Vi Baji e Chifuyu vindo na nossa direção - Vou deixar você com seus amigos, obrigada pela ajuda, agradeça eles por mim.

- Mas...

Antes que ele pudesse terminar eu já estava de costas saindo do local, tinha a impressão de que iriam me seguir mas não ficaria muito mais tempo ali, não podia informar demais sobre mim.

Voltei pra casa e recebi uma mensagem de Kazutora avisando que estava chegando, confirmei que podia vir e comecei a fazer mochis.

Kazutora chegou e logo veio me abraçando por trás enquanto eu moldava os bolinhos.

- Como foi lá?

- Tranquilo - Dei de ombros - Tirei as conclusões que queria em relação a eles.

- Quais? - Ele enfiou o rosto no meu pescoço e eu suspirei.

- Que eles sempre vão proteger quem consideram mais fraco, e isso faz eles vulneráveis.

- Entendi, faz sentido - Ele segurou minha cintura e me virou pra ele, me assustei com o movimento, ele passou os braços por mim e deixou o rosto em meu pescoço.

- Que foi gatinho? Tá carente? - Sorri passando uma mão em seu cabelo.

- Tô - Ele fungou em meu pescoço e eu engoli em seco - Fica comigo hoje.

- Fico - Sorri internamente, mas meus olhos brilhavam pra ele.

Kazutora me puxou pra sala e me deitou no sofá, em seguida deitando também, enfiou o rosto nos meus seios me fazendo ficar vermelha, passou os braços pela minha cintura nos deixando próximos.

Éramos um emaranhado de braços e pernas, respirações quentes e pesadas.

E eu não podia me sentir mais feliz com cada parte do corpo dele que encostava no meu, era como se eu finalmente pudesse respirar quando estava com ele.

Psico Love - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora