Por Amor

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No final da noite, eu me encontrava assistindo um filme qualquer sobre policiais, eles estavam atrás de um grupo que explodiu alguns carros pela cidade.

– E se... – Kazutora levantou o rosto, ficando a alguns centímetros de mim – A gente fosse botar fogo em alguns carros?

Dei risada dele.

– A ideia é ótima, mas eu particularmente não quero ir presa tão cedo.

– Fala sério, você é incrível, com a sua mente nunca iria presa – Discordou, revirei os olhos e voltei pra ele.

– Por que quer ir explodir carros?

– Sei lá, fiquei com vontade vendo eles fazendo isso na TV.

– E como diabos vamos explodir carros, Kazutora?

– Podemos jogar um fósforo no tanque de gasolina, ou quem sabe fazer um daqueles Coquetel Molotov – Ele deu de ombros com um sorriso divertido.

Olhei pra ele ainda com um pé atrás e o mesmo começou a distribuir beijinhos pelo meu rosto, pescoço e colo dos seios, me fazendo rir enquanto murmurava "Vamos Saiko, nunca pedi nada!".

– Tá bom! – Concordei quando senti um calor diferente em minha intimidade enquanto ele apertava minha cintura e distribuía beijinhos em meio às risadas, afastei ele – Vamos logo! Antes que eu mude de ideia!

Ele saiu de cima de mim sorrindo e eu fui pro meu quarto, coloquei uma calça de corino preta, uma blusa canelada meio ombro de mangas também preta, tênis e um corta-vento rosa claro.

Deixei meu cabelo loiro solto e coloquei uma máscara preta no rosto, saindo do quarto em seguida.

Kazutora usava uma calça moletom preta com detalhes que pareciam uma bandeira de largada, a camiseta preta e larga tinha um desenho do rosto do coringa em branco, estendi uma máscara pra ele.

Saímos com algumas risadas e buscamos a moto dele, paramos em um mercadinho 24h e descemos pra pegar vodka e fósforos.

– Quatro é o suficiente? – Mostrei as garrafas nos braços e ele sorriu.

– Tá ótimo!

Fomos até o caixa e o rapaz ensacolou as garrafas, na hora de pagar Kazutora olhou pra mim e piscou, arregalei os olhos com a constatação e ele começou a correr pra fora da loja quase me arrastando.

Ouvimos os gritos do rapaz e subimos na moto derrapando e acelerando.

– Você é louco! – Gritei pra ele dando risada.

– Você tambem! – Ele sorriu e ficou olhando pra frente.

Ele nos guiou até uma zona mais chique de Tokyo, onde carros sport andavam livremente, estacionou a moto em uma rua mais calma e ali ele montou dois Molotov e me entregou um.

– Isso é loucura – Falei sorrindo, era meu lado racional tentando burlar a loucura que gritava em minha mente para que eu explodisse tudo no meu caminho.

– Mas é legal – Ele virou pra mim com um sorriso e eu só podia pensar que explodiria quantos carros ele quisesse, explodiria o mundo por ele.

Andamos um pouco nas ruas pouco movimentadas até que ele encontrou uma Porsche e sorriu pra mim, buscou o isqueiro no bolso e acendeu o Coquetel, em seguida ele jogou pela janela do carro, fazendo a mesma estourar e começar a pegar fogo lá dentro.

– Não acredito que a gente tá fazendo isso! – Gritei rindo pra ele enquanto nós escondiamos do outro lado da rua.

– Olha, olha! – Ele apontou para o carro e logo o mesmo explodiu fazendo um estrondo, ambos demos risada enquanto víamos as chamas consumirem tudo – Sua vez, escolhe um aí!

Mordi os lábios e olhei ao redor, encontrei uma BMW e sorri pra ele me levantando, corri até ela e parei a alguns metros, acendi o Coquetel e joguei pela janela do carro.

– Uhul! – Comemorei jogando os braços pra cima e rindo, corri de volta até onde Kazutora estava e logo o outro carro explodiu também, colorindo o céu escuro de laranja e em seguida lançando nuvens pretas.

Durante a noite explodidos mais dois carros em outras ruas, até que ouvimos o som de sirenes e com um olhar corremos até a moto e disparados noite a fora.

Após chegarmos em casa rindo dos carros que haviam explodido e da vez que Kazutora tropeçou e caiu no meio da rua, resolvemos tomar um banho e deitar, até por que eu teria aula no dia seguinte.

De banho tomado, vesti meu pijama e fui até a cozinha beber algo antes de dormir, Kazutora já estava no futon apenas com uma bermuda e um cobertor, quando passei murmurando um boa noite, senti mãos ágeis em minha cintura.

– Que isso?!

Falei confusa. Ele me abraçou e enterrou o rosto em meu pescoço, era uma coisa que ele teimosamente fazia todas as vezes que me abraçava.

– Dorme comigo hoje – Pediu baixinho em meu pescoço e eu prendi a respiração pra não soltar um gemido baixo.

– Tá bom – Confirmei, eu obviamente nunca seria contrária a isso, pois estar com ele, em seus braços, com o corpo do maior envolto no meu, era algo que minha mente queria constantemente.

E eu esperava com todo meu coração, que ele também.

Nos aconchegamos um no outro, eu envolvi seu corpo e ele o meu, mais uma vez éramos uma bagunça juntos, quase uma coisa só, tão próximos um do outro quanto alguém poderia estar.

Sua respiração embalava meu sono, e eu fazia um leve carinho em seu cabelo, nossas respirações foram ficando mais calmas e silenciosas, no fim dormimos juntos, com meu coração palpitando a cada segundo pelos toques dele que aqueciam meu coração e ventre.

Psico Love - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora