Aposta

407 46 1
                                    

Eu havia perdido.

Pela terceira vez.

– Você está roubando! – Me levantei em um pulo fazendo cara feia.

Kazutora sorriu.

– Apenas aceite que você não é boa nisso, acabou de perder uma aposta – Ele se aproximou de braços cruzados.

Maldito pedaço de mal caminho, ali estava ele apenas de calça moletom, com os braços marcados, bem a minha frente.

Mas mesmo depois desses três meses, não havíamos conversado sobre o que éramos, o dia no hospital foi único, e talvez nós dois tivéssemos medo de toda essa situação.

– Tenho certeza que você roubou! – Bati o pé, era impossível eu ter perdido, estava contando as cartas dele, ele só podia ter roubado.

– Você estava me olhando o tempo todo, apenas aceite que perdeu, my Harleen.

Odeio você – Murmurei.

– Vai me odiar muito mais depois dessa semana então – Ele se aproximou com um sorriso – Lembra da nossa aposta? O primeiro a ganhar três vezes poderia mandar no outro durante uma semana.

Ainda não acredito que concordei com isso.

– E o que você quer, hein? – Bufei desviando o olhar.

– Ah, sei lá – Ele ficou bem a minha frente – Acho que poderíamos começar com algo como... Uns beijinhos sabe.

Arregalei os olhos e no impulso dei um tapa em seu braço.

– Seu tarado!

– Ah como se você não quisesse – Ele manteve seu sorriso felino enquanto eu mantinha meu olhar longe do dele, mas não disse nada – Você não negou...

– Não vou fazer isso! – Neguei rapidamente.

– Ah vai sim, você perdeu uma aposta, lembra? Tenho sete longos dias pra me divertir com você – Ele começou a andar na minha direção e eu automaticamente fui indo para trás, até sentir que bati na parede, e ele sorriu com meu desespero – Vamos, é tão difícil assim? Nem parece que já disse que me ama.

Desviei o olhar e vi que ele descruzou os braços e e levou uma das mãos ao meu rosto, me virando pra ele, suspirei com a aproximação.

Olhe pra mim, my Harleen – Senti uma inquietação quando vi que os olhos dele dançavam entre os meus, e mais abaixo, na minha boca.

Então ignorei todo o resto e levei minha mão até seu cabelo, o puxando para um beijo, e porra, eu quase havia esquecido o quanto o beijo dele era bom. Suas mãos desceram para minha cintura, nos aproximando e transferindo o calor de nossos corpos. Quando estava sem fôlego, finalmente me separei dele, mantendo nossas testas unidas e suspirando junto com ele.

– Viu? Não foi tão difícil – Sorriu ele, envergonhada tentei empurrar ele e sair dali, mas antes que conseguisse ele buscou minhas mãos e as prendeu acima da minha cabeça, me tirando um grito assustado – Eu não disse que tinha terminado.

– Porra, que mais você quer?!

– Sério que você nem imagina?

Fiquei em silêncio o encarando, eu sabia o que ele queria mas estava com vergonha de mais pra fazer qualquer coisa, e o sorriso sarcástico que ele dava não ajudava em nada, só fazia meus pensamentos ficarem mais confusos.

Antes que eu conseguisse pensar no que fazer, Kazutora se aproximou do meu pescoço, deixando beijos molhados e mordidas que me arrancaram alguns sons baixos.

– Então você consegue fazer sons desse tipo? – Murmurou contra meu pescoço, tentei respirar mas não parecia haver ar suficiente ali.

– Apenas faça isso logo... – Murmurei.

– Acho que prefiro ficar te provocando, até que você me peça... Me implore, pra te fazer minha – Sussurrou, e antes que eu pudesse dizer algo, ele voltou ao meu pescoço, agora descendo lentamente até minha clavícula, gemi baixo com suas leves mordidas, meu peito subia e descia rapidamente enquanto eu tentava acalmar meu corpo que só esquentava a cada segundo.

– Kazutora... – Sussurrei seu nome e vi que ele parou no mesmo segundo e então rapidamente desceu a meus seios, onde com apenas uma mão ele subiu a minha blusa e tomou meu seio com a boca, me fazendo gemer alto e jogar a cabeça para trás.

– Vamos, chame meu nome de novo – Mandou – Quando mais gemer assim, mais vou te agradar.

– Seu desgraçado... – Tentei xingar, mas meus sentidos não estavam funcionando muito bem, eu estava anestesiada pelo prazer que ele estava me proporcionando, ouvi quando ele soltou uma leve risada contra meu corpo.

– Acho que preciso provocar mais – Murmurou, então senti sua mão em minha barriga, descendo lentamente até a barra da bermuda que eu usava, instantaneamente tentei fechar as pernas, mas ele colocou um joelho entre elas, impedindo o movimento.

Sua mão chegou a barra da bermuda e começou a entrar ali, meu corpo se arrepiou completamente e ele sentiu isso. Finalmente sua mão chegou lá e começou com movimentos lentos e circulares.

– Porra... – Gemi com seu toque.

– Vamos, chame meu nome, Saiko – Mandou ele, mordi os lábios contrariada e mal pude pensar direito quando repentinamente senti que ele enfiava um dedo em mim.

– Kazutora! – Gemi seu nome alto, minha cabeça estava jogada contra a parede e eu tentava respirar, então ele começou com movimentos de vai e vem me deixando com a mente nublada e anestesiada.

– Isso mesmo, my Harleen.

Logo ele introduziu mais um dedo, só era possível ouvir o som de sucção que minha intimidade fazia, e dos gemidos que eu soltava.

– Estou sentindo você me apertar, vamos, goze nos meus dedos – Falou, e aquilo foi como um estopim pra mim, em poucos segundos eu estava me desmanchando em sua mão, e acho que só não cai pois ele ainda me segurava.

Kazutora afastou sua mão de mim e a levou a boca, onde provou do meu gosto.

– Deliciosa – Sorriu felino.

Psico Love - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora