Furacão

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Quando Saiko se levantou, seu rosto tinha sangue, pois havia espirrado nela, suas mãos estavam manchadas de vermelho.

E seus olhos?

Eles continham todo o ódio possível.

Com um simples movimento, ela tirou a arma da cintura e atirou no rapaz que havia esfaqueado Kazutora.

Então ela começou a descer a pilha de carros, ninguém ficava na sua frente pois notavam a aura de maldade que a envolvia, puro ódio e vingança borbulhavam nela, ela transbordava e ninguém queria estar na sua mira.

Ela caminhou até Hanma e ele já imaginava que teria um fim naquele momento, mas ela apenas sorriu pra ele, tornando sua imagem ainda mais maligna, com o sangue marcando seu rosto e lágrimas despontando seu queixo, a arma pendurada por um dedo.

– Eu não vou te matar agora – Ela finalmente falou depois de uma gargalhada – Eu já matei vários homens antes e isso é algo muito rápido... Pra você não vai ser rápido, eu vou te perseguir e vou te destruir, e sempre que você achar que acabou, eu vou estar lá pra te lembrar que só vai acabar quando eu quiser.

– Não acredito em você, é só uma garotinha com raiva – Ele tentou contornar a situação.

– Ah Hanma, você se esquece que essa garotinha é psicopata, e foi pro reformatório por matar um grupo de oito garotos.

As pessoas ao redor mal conseguiam respirar.

Aquela garotinha? Baixa, de olhos leitosos, magra e de roupas folgadas. Ela havia assassinado oito garotos? A maioria ali não conseguia acreditar naquilo, mas os olhos dela provaram ser verdade.

Então ela se virou e foi até onde estava Mikey.

– Eu ia traí-los por vocês – Ela riu com uma pontada de tristeza – Eu estava procurando um jeito de tirar Kazutora disso por que eu não queria machucar vocês.

– Você é... Uma psicopata, acabou de matar um garoto e já matou antes – Mikey tinha um tom anojado – Não acredito que deixei você perto da minha irmã.

Mas Saiko, apesar de tudo, sorriu.

– Você sabe muito bem quem é o vilão aqui, mas se não quer acreditar, tudo bem – Ela se afastou e deu um rodopio em si própria, parando novamente de frente para o Invencível e lhe oferecendo uma reverência digna de uma rainha – Eu serei a vilã.

Então, duas pessoas saíram de seu lugares e foram até a garota, se postando ao seu lado como guarda-costas, não que ela precisasse.

E antes que ela pudesse fazer algo mais, ou mesmo pensar em fazer qualquer coisa, um som de tiro foi ouvido e todos se viraram para a entrada do ferro velho onde um garoto de cabeça raspada, cicatriz, e um uniforme vermelho estava, com a arma apontada para o céu.

Ele caminhou até o centro do local onde Saiko estava e parando na sua frente estendeu a ela um manto vermelho como o dele, em seguida dobrando um joelho.

– Ao ser dispor, minha Rainha – Ele baixou a cabeça e Saiko não podia estar mais satisfeita em vê-lo, mas já imaginava que ele apareceria visto que os irmãos Haitanis estavam ali.

– Levante-se Kakucho – Ela pediu e ele se levantou ficando ao lado esquerdo dela – Onde está o Rei?

– Te aguardando, posso levá-la pra lá agora.

Ela assentiu e suspirou, virando novamente para os rapazes ao redor.

– Vocês estão fodidos – Ela gargalhou e ninguém poderia ter sentido mais medo naquele momento – Depois que eu passar por suas vidas, vocês vão entender por que furacões levam nome de pessoas.

E assim ela saiu seguida de Kakuchou e dos Haitanis, deixando as pessoas que se importava pra trás, assim como seu amor que havia acabado de falecer em seus braços.

Psico Love - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora