𝐒𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎 & 𝐒𝐏𝐈𝐃𝐄𝐑

Capítulo quatro

Octavia

Vários diamantes estavam no anel, que era feito de ouro branco de 24k, junto com um diamante grande redondo no centro. Entro em casa, indo em direção da lareira, no meu cantinho sem ninguém. Vejo meu noivo atravessar o salão, entrando na conversa da roda. Seu cabelo cor de petróleo, a pele sem manchas e alto tatuado era uma de suas características.

Fico próxima encostada da parede, apenas olhando o homem que, tem trinta e poucos anos. Era até uma grande diferença, então se eu tivesse um casamento normal essa situação era pegadinha, mas como estou na Irmandade tinha credibilidade.

Eu iria me mudar? Provavelmente que sim. Porém acho difícil ser agora, ao menos que obriguem isso. Pelo que eu sei, casais só moram juntos depois de se casar.

Respiro fundo. O cansaço me invade depois de alguns minutos, eu não aguento mais ficar acordada. Sono se espalha e me sinto desmoronar a qualquer momento. Os olhos fecham, mas obrigo a abrirem. Foi rápido a mudança no meu corpo, de uma hora eu estava bem, já agora eu quase encherga direito.

Andrei encontra meus olhos, que um segundo depois se fecham e nunca mais abrem.

O quê está acontecendo?!

Meu corpo encosta na parede, e desce até o chão sem forças. Logo escuto uma movimentação e gritos pelo local. Um barulho alto ecoe igual de tiro. Meus sentidos falham, mas gritos eu escuto, como se estivessem num filme de terror. Um, dois, perco as contas de tiro que escuto. Me encontro no lugar escuro, e não tem um túnel claro no final da caminhada.

Uma mão firme me levanta e carrega o meu corpo. Tudo ao redor morre na minha cabeça e me sinto zonza. Sou levada por alguém, mas meu medo de ser sequestrada me faz abrir os olhos, e vejo meu noivo concentrado andando comigo no seu colo.

Ele olha para mim, nervoso.

— Você está melhor?

— Não. — minha voz sai baixa e fraca.

— Vamos até o carro. Alguém te envenenou, e atacou muito dos nossos.

Saímos do lado de dentro já no estacionamento, e Andrei me deixa nocolo de outro homem, não vejo quem é, mas meu noivo abre o porta malas, tira algumas armas de dentro e entrega para outras pessoas, e após isso ele some.

Sou levada para o carro de Andrei. Era preto brilhante, e o homem que me carrega me deixa deitada em algum lugar, provável seja o banco traseiro, já que meu olho não aguenta mais e se fecha.

No fim eu desmaio, como no sono infinito. Eu gostaria muito de dormir e nunca mais acordar, mas infelizmente eu ainda estou viva.

Acordo do nada, e meu intestino começa a doer. Menos de um segundo eu já abro a porta do carro, e vomito a substância que estava no meu organismo.

Agora sim, eu estou bem.

Andrei

Ótimo, se tudo antes estava uma merda agora ficou tudo péssimo.
Quatro minutos atrás, estava normal a festa, até um garçom atravessar o salão com uma bomba dentro da porra do cloche¹ . Aquela desgraça de ser humano não tinha caralho nenhum pra fazer e, agora eu tenho que caçar esses lixos japoneses! Depois, foi o lema literalmente, tiro, porrada e bomba.