𝐒𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎 & 𝐒𝐏𝐈𝐃𝐄𝐑

Capítulo sete

Andrei

Seus olhos entregam muitas coisas, uma dessa era seu nervosismo. Observei muitas vezes a forma como ela age, e sempre nunca apresentou medo.

Porém, por que ela tá assutada?
Ela esconde algo, um segredo.

Pego o meu cigarro na janela, e volto a fumar. Minha noiva volta a me observar fumando, ouso dizer que ela tem vontade.

Eu vou descobrir o segredo dela, de toda forma. Me intriga não saber nada sobre essa mulher.

Preciso criar confiança ou esse casamento não vai dar certo. Ela não é confiável, ainda, espero não ter que matá-la.

— Eu vou resolver o seu problema.

— O quê?

Octavia não sabe, mas, eu não vou machuca-lá, nunca. Tentarei ser como um companheiro, talvez, amigo. Cheguei em uma parte da minha vida que eu não quero mais ser um solteirão sem sentimentos. Porra, eu me casei com essa mulher, vou tentar ser gentil com ela pelo menos.

— Boa noite. — Falo e me viro para ir pro meu quarto.

É isso, se eu ser legal com ela não vou ter problemas.

No dia seguinte, eu estava em pé esperando o canil abrir do lado de fora.

Cinco minutos depois eu já estava dentro da loja, pegando ração e colocando em uma cesta. Peguei um comedouro e um pote para água. Deixarei com Levi essas tralhas todas.

Em que ponto da minha vida eu cheguei, Deus, eu dou medo em todos. Mas também meu coração se enche de fofura com um Husky Siberiano.

O cachorro têm olhos azuis, é um filhotinho. Seu pelo é fofo e macio de cor branca e preta.

Ao me aproximar da área do canil, o cachoro já começa a pular em cima de mim.

— Seu filha da puta! Minha roupa cara agora está cheia de pelos!

Isso fez o cachorro ficar mais animado com minha interação. Ele queria brincar a todo custo.

— Senta.

O cachorro senta, e fico surpreso por ele ser treinado.
Me ajoelho e estendo a minha mão.

— Agora dá a patinha.

Octavia

Acordo cedo, já que eu não consegui dormir direito.

Ele vai me matar.

Andrei esta esperando me pegar no fragla para ter um motivo.

Eu tenho que ter cautela pois subestimei ele demais.

Não posso mais sair de noite, tenho que ter um plano agora mais elaborado.
Vou ser a esposa perfeita, é isso, eu não vou ter outra escolha.

Quando menos esperar, vai passar pela teia, e ficar preso.

Levanto da cama de casal, coloco uma meia branca e calço as pantufas cinzas. Fico de pé e um frio me invade, mas não sinto mais ele agora.

Desço as escadas e o cheiro de bolo saindo do forno me invade. Era maravilhosa essa casa e as funcionárias. Bom, algumas me odeiam até hoje por eu ser filha do Enzo, e talvez algumas só me odeiam por eu ser eu, e noiva de Andrei.

Meu telefone toca. Noivo.

— Alô. — Falo ao atender.

— Me fale um nome.