Capítulo catorze

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Andrei

O chão do salão brilha como um diamante, e se você olhasse para baixe podia ver seu reflexo no piso claro. Ao redor tinham várias mesas redondas com um pano branco, flores em cima da mesa e ao redor do salão.

Era óbvio que o tema era de natureza, pois a natureza é tudo, e Octavia é tudo pra mim.

— Vem, eu quero te mostrar uma coisa — falo guiando Octavia.

Ela não pergunta sobre. O meu presente de casamento pra ela está na parte de trás do lugar. Passamos por um jardim até onde o carro foi estacionado. Levi me disse que deixou próximo de um arco branco, aonde as pessoas usam pra casar sem ser na igreja.

A Lamborghini preta chama a atenção da minha esposa quando chegamos próximos. Olho pro lado e a mulher arregala os olhos surpresa com o presente.

— Espero que você tenha gostado, pensei em algo pra você que vai realmente usar no dia-a-dia.

— Você me deu o carro — fala.

Seu sorriso está de orelha a orelha e não consigo evitar em sorrir. Pego a chave do bolso e entrego na sua mão. Ela me olha curiosa.

— Vamos para o carro — após a minha fala ela destrava o carro e entro no banco do passageiro.

O carro por dentro é lindo, bancos claros e um painel inteligente. Em si ela não vai precisar mexer com marcha porque ele é manual.
Me sento e Octavia se acomoda no meu lado. Ela tira os saltos e fecha a porta.

— Vamos mesmo sair e deixar as pessoas sozinhas?

— Elas que se fodam, não vou abrir mão de ficar com você por causa delas — respondo óbvio.

Liga o motor.

Ela logo pisa no acelerador quando muda a marcha para o drive.

O veículo segue reto. — Cuidado com as árvores no seu lado.

— Não se preocupa meu amor, eu já peguei o jeito — fala confiante.

Minha mulher segue confiante no volante, ela mantêm reto até a entrada do local e logo em seguida ela vira em noventa graus pra direita o volante, parece que sabe mesmo como se dirige. Algumas pessoas se assustam com o carro mas, eu não ligo pra isso.

Octavia vira pra esquerda e chegamos próximo da rua porém ela freia o carro antes disso. Olha pra mim se deveria sair pra rua e eu passo para o seu banco. Ela se acomoda no meu colo e eu me ajusto nesse carro. Coloco as minhas mãos encima dos seus dedos. Agora eu irei mostrar como se dirige que nem um louco.

— Aprende comigo, linda.

Acelero o carro novamente e já embico pra entrar na faixa. Sigo o trânsito em alta velocidade e ultrapassando qualquer outro carro. Quando eu queria chamar atenção e fazer algo grandioso eu pegava o carro do meu pai sem ele saber e fugia para corridas clandestinas.

— Você é bom nisso.

— Foram muitas corridas de racha no passado. Agora é sua vez, eu já te ensinei.

Tiro a minha mão e ela assume o controle do volante. Chegamos em uma rua vazia e comprida. Seguro a sua cintura e piso mais ainda no acelerador. Quando sinto a adrenalina passar pelo meu corpo fico finalmente satisfeito.

𝐒𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎 & 𝐒𝐏𝐈𝐃𝐄𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora