Areia movediça

659 38 13
                                    

Anteriormente

— Guto!!! — Helô e Stenio abraçaram o filho chorando.

— Podemos explicar! — Maitê disse enquanto Stenio e Helô olhavam para ela em estado de choque.

— Aí, voxes tão me apertando.... — Guto disse enquanto Helô e Stenio abraçavam o menino mais forte que conseguiam. — Po que voxes tão chorando? — Guto perguntou confuso.

— Saudades de você. — Helô disse beijando o menino.

— Ah pala mamãe, pala ... — Guto disse gargalhando com sua vozinha de bebê, aquele som era o som mais maravilhoso do mundo.

— Ei, eu também quero! — Stenio disse pegando o filho no braços. — Eu te amo muito, muito, muito filho.

— Eu também te amo muitão papai! — Guto disse beijando a bochecha do pai.

— Olha, Guto, o que você acha da gente ir acordar a Laurinha e jogar videogame um pouco? — Lúcio sugeriu.

— Eu quelo, me coloca no chão papai! — O menino pediu.

— Acho melhor não, vamos embora. — Stenio disse sentindo o cheirinho de bebê que ainda exalava da criança, sem querer soltar o filho.

— A gente pode explicar, eu juro que foi a única solução. — Ricardo disse.

— Stenio, deixa ele ir....— Helô pediu.

— Não. — Stenio disse segurando o menino.

— Ok, então vai com eles. — Helô falou sabendo que nada no mundo faria Stenio soltar o menino.

— O que foi papai? — Guto perguntou de forma inocente.

— Nada filho, só que eu te amo... — Stenio deu outro beijo na bochecha do menino. — Tem certeza? — Ele perguntou para Helô e ela assentiu. — Ok....

Eles esperam ouvir a porta do quarto fechar.

— Helô calama. — Maitê pediu conhecendo bem a amiga.

— Calma, você me pede CALMA??? — Helô explodiu baixo. — Você pode imaginar o desespero que a gente estava??

— Sabemos, mas foi a única solução, o Guto ia ser mesmo sequestrado, fizemos isso pra proteger ele, vocês, e ganhar tempo.... — Maitê disse.

— Você sempre soube que ele estava vivo, claro, agora tudo faz sentido, eu quase me matei, perdi meu casamento o Guto...— Ela estava furiosa.

— Eu sei, mas eu não podia contar, se você soubesse, iria se empenhar para ajudar e colocaria a vida de todos em risco a sua e a dele. — Maitê se justificou.

— Eu sabia que a máfia não ia descansar até nos matar, então com a ajuda do Texeira eu bolei um plano. — Ricardo contou.

— Depois do enterro, ele me procurou e contou, eu tentei fazer ele desistir, mas a vida da Laura estava em risco, realmente tinha uma bomba no seu carro.... — Maitê contou. — E nem me olha assim amada, se fosse o Stenio você faria o mesmo. — Maitê disse e Helô  suspirou a amiga tinha razão todos sabiam.

— Por que você saiu da proteção a testemunha? — Helô perguntou. — Foi você que matou os agentes?

— Não, claro que não, eles mentiram, eu nunca estive em proteção a testemunha, comecei a desconfiar que tinha mais gente envolvida nessa história do contrabando de órgãos, a máfia precisaria de ajuda para tirar os órgãos do país.... — Ricardo disse.

— Eu sei, chegamos a pensar nisso antes. — Helô disse.

— Eu passei esses anos escondidos, investigando juntando provas, então quando eu tinha tudo, precisava expor....— Ricardo disse.

DesencontrosOnde histórias criam vida. Descubra agora