A paz

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Aos poucos os convidados foram chegando, as crianças espalhadas pelo salão, música ambiente que difundia entre os gritos escândalos de criança e músicas infantis.

— Até quando vocês vão ficar nessa? — Maitê perguntou rindo se aproximando de Helô.

— Como assim, do que você está falando? — Helô perguntou se fazendo de desentendida.

— Você e Stenio, ficam se comendo com os olhos. — Maitê falou em tom provocativo. — Vai lá fazer as pazes com ele logo Heloísa e acaba com isso de uma vez.

— Ele mandou que eu saísse da vida dele, então eu saí. — Helô falou ficando de costas para onde Stenio estava sentado. — Ele não quer falar comigo e eu não quero falar com ele.

— Não se trata sobre vocês. Além disso, você sabe que ele não está errado, muito pelo contrário né dona Heloísa a gente já conversou sobre isso desde o início te falei que essa era uma péssima ideia. — Maitê disse bufando.

— Você sabe meus motivos. — Helô suspirou.

— Sei, entendo, mas não concordo, mas você precisa ser razoável e entender os motivos dele. Imagina se fosse o contrário???? Sem contar que o Guto está sofrendo, e o menino não tem culpa do rolo de vocês dois. É isso mesmo que você quer? — Maitê falou.

Helô mordeu o lábio inferior. — Maitê...

— Você errou com a Drika, quer cometer o mesmo erro com o Gustavo por orgulho besta? — Maitê falou. — Não vai adiantar ficar chorando no futuro não e eu serei obrigada a falar bem feito, eu te avisei que isso ia acontecer.

— Aí que saco. Odeio você! — Helô falou suspirando e indo em direção ao Stenio que estava sentado conversando com a namorada e fingiu não ver ela se aproximando. — Boa tarde, Stenio será que podemos conversar?

— Agora? — Ele perguntou com má vontade.

— É agora. — Helô disse impaciente.

— Tudo bem amor, eu te espero aqui! — Bruna disse, então eles se beijaram, Helô revirou os olhos e Stenio foi falar com Helô.

— O que você quer? — Ele perguntou já aramado e irritado.

— Te pedir desculpas. — Ela falou e ele olhou para ela surpreso. — Tudo bem você ter raiva de mim e eu sinto muito se te magoei, mas isso é um problema nosso.

— Helô não tô entendendo.— Ele disse.

— Mais uma vez nossa briga está afetando as crianças e eu sei que você não tem nenhuma responsabilidade com o Guto, mas ele está sofrendo demais com essa separação. — Helô disse.

— Ah....— Ele falou surpreso.

— Eu não estou pedindo nada, só que você volte a pelo menos falar com ele. — Ela pediu. — O Gustavo ama você mais do que qualquer coisa!

— Helô, eu amo o Gustavo e não me afastei dele por falta de amor, muito pelo contrário. — Ele disse visivelmente triste.

— Eu sei, não quero que a nossa briga mais uma vez estrague a infância de mais duas crianças, já basta todo estrago que fizemos na vida da Drika. — Helô falou com a voz embargada. — Não vou me opor se ele quiser te chamar de pai e você quiser.

— Mas o Marcelo...— Stenio disse.

— Acima de qualquer um está meus filhos e se é isso que o Gustavo quer e você não se incomodar tudo bem! — Helô falou.

— Você sabe que eu nunca iria me incomodar em ser pai do Gustavo ou de qualquer outro filho seu. — Stenio disse. — Inclusive, você sabe o quanto foi difícil pra mim, depois de ouvir você dizer anos que não queria ter outro filho saber sobre ele?

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