Desencontros

Pesadelo

Semanas Antes

Naquela manhã, Helô e Stenio acordaram cheios de tesão, eles estavam aproveitando a última semana das férias das crianças na casa de Angra.

Helô subia e descia de cima dele de forma intensa, justamente quando estavam quase gozando, Helô parou de se mover.

— Que...foi...— Ele disse sem entender porque ela havia parado.

— Shiii... — Ela disse para ele se calar como se tentasse ouvir alguma coisa fora do quarto. — Acho que tô ouvindo o Guto chorar...

— Ele está dormindo ainda Helô.... Todo mundo deve tá...— Ele disse invertendo as posições e beijando ela enquanto voltavam a se movimentar.

— Stenio....— Ela gemeu.

— Goza pra mim goza....— Ele disse se movimentando com mais intensidade, ele estava quase gozando também, mas na sequência eles ouviram Gustavo batendo na porta e chorando. — Ah.. droga....

— Eu Disse. — Helô falou também frustrada pela interrupção.

— Papai, papai, Abe a pota....— Ele batia na porta chorando muito.

— Já vai filho, mamãe tá procurando a chave....— Disse Helô colocando o robe enquanto Stenio ia pro banheiro. — Ei bebê, que foi?

— Cadê o papai, eu quelo o papai....— Gustavo falou chorando no colo dela.

— Calma filho, o papai o papai tá tomando banho....— Helô falou preocupada, o menino estava vermelho e todo suado de tanto chorar. — O que foi? Você tá sentindo alguma coisa?

— Eu quelo o papai....— Ele disse em lágrimas.

— Pronto, tô aqui, que foi? — Stenio disse, ele só tinha tomado um banho rápido e colocado um roupão.

— Papai....— Guto se jogou pro colo do Stenio.

— Ei filho, calma, tá tudo bem....— Stenio falou passando a mão nas costas do menino que quase sufocava ele de tanto que apertava o pescoço do pai. — O que foi?

— Eu não sei, ele só chora....— Helô falou aflita.

— Guto, calma, fala pra gente, qual o problema...— Stenio perguntou.

— Voxe....voxe...— O menino falava entre soluços. — Voxe vai embola, pla xempre....

— Ah, você teve um pesadelo foi isso? — Stenio perguntou e o menino balançou a cabeça que sim voltando a chorar.

— Filho, calma, foi só um sonho, o papai tá aqui....— Helô disse passando a mão nas costas do menino e dando beijinhos.

— É, eu tô aqui oh....— Stenio disse beijando a cabeça de Gustavo.

— Mas voxe vai embola, dexa eu, a mamãe....— O menino falou sem parar de chorar. — E a Dika e a Malu....

— Oh, já passou, eu não vou a lugar nenhum...— Stenio disse tentando fazer graça mas o menino não riu.

— Vai Xim, o Moxo disse que vai levar voxê embola igual levou a dinda....— Ele falou. — Eu não quelo que você vai embola, por favor papai, não vai embola....

— Eu não vou. Eu prometo! — Stenio falou abraçando o filho olhando preocupado pra Helô.

— Oh, nada disso foi real, foi só um pesadelo....— Helô falou.

— Plomete? — Ele perguntou.

— A gente promete! — Ela disse segurando a mão do filho e dando beijinhos. — Agora, sem mais choro, vai acabar acordando a casa toda....— Helô secava os olhos do menino.