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SANCHÉZ

Chego até a casa da Malu e estaciono, saio do carro e tiro a garota que passou o caminho todo resmungando do banco de trás.

Pra onde você ta me levando? – ela pergunta totalmente embolado.

sua casa malucona, não ta vendo? – ela nega fazendo um barulho com a boca – Consegue ficar em pé pelo menos, opala?

Encosto ela na parede e tento pegar a bolsa dela.

– Sai, isso é roubo!

– Se liga doida, fala baixo. Me fala pelo amor de Deus que sua chave ta dentro da bolsa.

– Que? – ela pergunta sem entender.

Tento pegar a bolsa de novo e ela deixa, abro a mesma e vejo as chaves lá dentro. Abro o portão e sigo a porta, levando ela junto comigo.

– Abre, eu quero ir no banheiro! – ela pede e começa a dar pulinhos.

Abro a porta e faço ela entrar.

– Ai meu Deus, onde é o banheiro? – ela pergunta com as mãos na cabeça.

– Tu que tem que saber. A gente ta na sua casa Luiza.

Vejo ela correr escada e eu a sigo com medo dela cair, o que aconteceria se eu não tivesse a segurado ao subir o último degrau, ia se espatifar no chão e eu ia rir caralho.

Ela continua andando apressada pelo corredor agora, no meio dele ela começa a descer a saia pelas pernas.

– Você vai cair! – aviso ela e a faço parar. Puxo a saio pra cima de volta.

Abro a única porta que tem ali a não ser a do quarto dela. Levo ela dentro do banheiro.

– Pronto, você pode tirar a saia quando eu sair. – falo com calma e ela concorda com a cabeça.

Saio do banheiro fechando a porta e espero.

– Abre pra mim. – ela pede lá de dentro e então eu abro a porta.

– Acho que você precisa tomar banho tirar essa loucura que voce ta, vamo pro teu quarto primeiro. – falo, ela da um passo e para parecendo se lembrar de algo.

– Aham, pode ir embora agora. – ela diz desesperada.

– Não, não vou te deixar desse jeito, anda. – mando e ela não se move.

– Pode ir, muito... obrigada. – ela esquece a palavra.

– O que foi Malu?

– Na...nada! – ela sorri, ela parece ter recuperado um pouco da consciência.

– Para de graça garota. – pego o pulso dela levar até o quarto.

– Não.

– O que foi Luiza? – ela não responde, apenas se solta da minha mão e caminha até a porta do seu quarto e para na frente.

– Quero dormir, tchau. – ela diz.

Ela já é doida e ainda bebe esse monte de cachaça.

– Vai me expulsar agora, é? – pergunto em tom divertido colocando a mão na cintura.

– Vou. – ela fala brava? Eu acho.

– Vai pro banheiro e me deixa passar, preciso pegar uma roupa pra você. – mando.

MALU Onde histórias criam vida. Descubra agora