Pov's Izuku
Bakugou é impulsivo, não é um fato difícil de notar. Eu sou racional, e isso é uma das tantas coisas que nos diferenciam.
Quem em sã consciência iria querer alguma coisa séria com uma pessoa como eu? E que ele sequer conhece além dos lençóis de hotel?Ele realmente é louco.
(...)
As aulas do dia finalmente terminaram e entre trocar mensagens com a corretora e procurar por um restaurante bacana aqui perto, saio da universidade distraído pela empolgação crescente no meu peito. Seria tudo perfeito, iria comer algo gostoso e depois olhar o apartamento que provavelmente será a minha casa em breve, tudo perfeito, claro, se não fosse por um exuberante e exagerado detalhe; o carro preto claramente avaliado em alguns milhões parado na entrada do campus.
Só pode ser brincadeira. Não é ele, certo? Só algum riquinho mimado tentando se aparecer.
Desconhecido |Para de ficar encarando como se estivesse vendo a carruagem da Cinderela e entra logo.|
Meu telefone vibra me tirando do transe.
ㅡBabaca. -ignoro a sua mensagem.
|Ou vem por livre e espontânea vontade ou serei obrigado a sair e ir aí te arrastar|
Foi impossível não revirar os olhos de tédio. Ele é famoso, porra, a cara dele está estampada em outdors pela cidade inteira, então duvido que ele vá se expor dessa maneira. É só um blefe.
Me limito a mostrar- lhe o dedo do meio enquanto finjo arrumar o óculos e então sigo para a faixa de pedestre.
Desconhecido |Não me desafie|
Ignorei outra vez. Parando para esperar o semáforo ficar vermelho. Até sentir uma mão ser posta em minha cintura, firme.
ㅡTão desobediente. -Sua voz sussurrada soou rente ao meu ouvido, abafada pela provável máscara que usava. Precisei de todas as forças para me manter impassível.
ㅡOi. -Sorri quando ele me puxou para mais próximo de si, colando as minhas costas em seu abdômen.
ㅡOi. - Respondeu ㅡOnde está indo com tanta pressa?
ㅡCreio que não seja da sua conta.
ㅡOk, entendi, você me conta no caminho. Vamos pro carro, está meio frio.
ㅡNão vou com você. -Disse firme, não queria Bakugou se metendo ainda mais na minha vida.
ㅡ Facilita ai, coisa linda, não quero ser obrigado a te jogar sobre o ombro e fazer uma cena na frente da sua universidade.
Girei sobre os calcanhares, indignado com a sua fala. Ainda colado ao seu corpo e sentindo seus dedos se tornarem mais possessivos sobre a minha cintura. Eu o encarei.
ㅡPorque tanta insistência, Bakugou?
ㅡ Porque você vale a pena. -O loiro soou como se estivesse convicto disso e simplesmente não passasse de um fato que eu deveria saber. ㅡPodemos ir agora?
Ele me estendeu a mão, aquela que não estava em minha cintura e eu a observei por um tempo, pairando despreocupadamente no ar entre nós dois. Já havia notado suas tatuagens antes, mas nunca me interessei o suficiente em saber quais desenhos formavam ou o significado por trás, porém agora por algum motivo eu quis descobrir, saber a história por trás de cada uma delas e por trás dele.
Me impedi de sorrir de volta quando ele sorriu no momento que segurei a sua mão. Sua mão grande cobriu a minha facilmente e notei que haviam alguns calos na palma, e outra vez tive essa súbita curiosidade de saber de onde vinham.
Ele abriu a porta do carro para mim antes de dar a volta e entrar do lado do motorista. Katsuki ligou o carro mas não saiu do lugar. Ele se virou para mim, com um sorrisinho de canto ao perguntar.
ㅡPara onde vamos?
ㅡEstou indo encontrar uma corretora.
Katsuki afirmou, mas não fez a mínima menção de sair do acostamento. Ele me olhou, porra, esses olhos dele eram por si só capaz de fuder a sanidade de alguém.
ㅡSua cara me diz que está pensando besteira, coisa linda, está cedo demais pra isso, não? -Eu o ignorei, empurrando seu rosto presunçoso com a mão. ㅡColoque o endereço do GPS.
Falou rindo, e eu o fiz, digitando o endereço que estava anotado no meu bloco de notas eletrônico, me virando em seguida para a janela. O caminho se seguiu em um silêncio, não ruim, do tipo agradável. O que era estranho porque geralmente estar em locais pequenos com semi desconhecido sem um pingo de álcool no sangue ou sem nenhum teor sexual, seria estranho.
Mas não era. Bakugou batucava no volante o ritmo de uma música que eu não conhecia, vez ou outra me olhando quando o trânsito parava e sorrindo satisfeito. Fui um caminho relativamente rápido e confortável.
Quando ele estacionou eu desci rapidamente, ansioso para observar de perto o edifício. Depois de me identificar com o porteiro para uma visita, ele liberou o acesso e entramos no prédio.
ㅡParece bacana. -Katsuki observou quando nos aproximamos da mulher sorridente. ㅡA vizinhança é quieta.
ㅡNão tem nada melhor pra fazer não? -Ter pessoas sabendo onde eu iria morar não era a minha intenção, ainda mais se essa pessoa tivesse uma maldita mania de perseguição.
ㅡQuerido, não fique tão preocupado, o local parece ser receptivo. Vamos achar um lar, relaxe.
Suas mãos apoiaram carinhosamente nos meus ombros, como se eu realmente precisasse de conforto para uma lástima. A corretora estava ali, ela parou a alguns passos e olhava a cena com um sorriso compreensivo.
ㅡOlá, creio que seja o Izuku, certo? -Ela me ofereceu um aperto de mão que eu logo retribui afirmando.
ㅡIsso, sou eu. Muito prazer.
ㅡSeu marido, acredito. -Disse se virando para Katsuki para um cumprimento.
ㅡEstá correta, sou o Katsuki. -Ele sorriu carismático. ㅡMeu bem, não acredito que não falou de mim para ela.
A mulher riu baixinho ao se virar, começando um tour explicativo enquanto íamos até o elevador.
Katsuki estava ao meu lado, seu braço descansando sobre os meus ombros.ㅡPare com a palhaçada, Bakugou.
Ele sorriu ainda mais quando a corretora nos olhou, me abraçando mais para perto dele. Eu queria muito chutar as suas bolas nesse momento, talvez assim ele caísse na real.
Mas me limitei a fingir um sorriso para a mulher.
ㅡVocês me lembram quando eu e a minha esposa nós conhecemos. -Ela falou, observando o visor mudar o número a cada andar que passamos. ㅡEla tinha tanto receio de demonstrar seus sentimentos em público, não a culpo, a sociedade é uma merda quando as pessoas fogem do padrão.
Eu concordei.
ㅡMas sintam-se avontade, eu sei oque é amar uma pessoa e ser mal vista só por isso. Podemos fazer desse lugar o lar de vocês, um local totalmente seguro e respeitoso.
ㅡObrigada, é exatamente isso que estamos procurando.
Não fui eu quem falou, e sim Katsuki. Sua voz soou firme e fez a mim e a mulher o encarar, seus olhos vagaram até mim e seu braço escorregou pelas minhas costas até a sua mão alcançar a minha.
Céus, hoje parecia um dia disposto a me fazer questionar as minhas ações, porque, quando ele segurou a minha mão entrelaçando os dedos nos meus eu devolvi quase que imediatamente o seu aperto.ㅡVamos lá, irei mostrar a futura casa de vocês então.
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Amorecos, desculpem a demora para atualizar!!
Prometo tentar ser mais constante por aqui.
Curte e comenta por gentilezaaaa.Beijos de luz e até o próximo <3
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Just Let Me Love You |BakuDeku|
FanficIzuku tinha uma meta: não criar laços, não se apaixonar! Katsuki tinha um objetivo: estragar a meta de um certo cara que havia lhe roubado a atenção desde seu primeiro encontro. - Sem previsão para atualizações! -@Bakusasugo. -Nao copie. -Todas as...