Just Let Me Love You |BakuDeku|

19 - Pov's Katsuki Bakugou

Pov's Katsuki

- Já voltou, querido?

- Mas... mas que merda é essa?

Ele ficou parado na porta, com a boca cheia e um bolinho pela metade em uma mão. Eu não consegui conter o riso e fui até ele, peguei a mochila e a guardei no armário. Izuku ainda estava parado na entrada. Me olhando meio incrédulo, a cobertura do bolinho em seus lábios parecia tentadora e eu precisei usar todo meu autocontrole para não empurrá-lo contra a parede ali mesmo.

- O que você está fazendo na minha casa? E como entrou aqui?

- Usei a chave.

Mostrei a segunda chave que estava comigo, sem conseguir disfarçar o leve sorriso no rosto. Ele abriu a boca para responder, mas, ao perceber que qualquer tentativa de argumentar seria inútil, hesitou e acabou desistindo. Com um suspiro frustrado, fechou a porta e entrou completamente. Izuku caminhou até a cozinha com passos firmes e decididos, e eu podia quase ver a raiva emanando dele, como se seus cabelos estivessem prestes a pegar fogo. Apoiei-me no batente da porta, observando-o com atenção enquanto ele se servia de água, esperando que terminasse para que pudesse ter a chance de falar com ele.

A beleza intensa dos seus olhos, enquanto ele me observava por trás do copo, fez com que um sorriso involuntário se formasse em meus lábios. Havia uma mistura de cansaço e determinação no seu olhar que me intrigava. Sem dizer uma palavra, Izuku passou por mim, ignorando completamente a minha presença, e dirigiu-se à sala com uma expressão de desânimo.

Sentei-me no sofá e tentei chamar sua atenção, convidando-o para sentar no meu colo, mas, como era de se esperar, ele me ignorou e, com um suspiro cansado, dirigiu-se ao quarto. Fui atrás dele e, sem hesitar, me joguei na cama ao seu lado. Embora ele parecesse alheio à minha presença, eu sabia que ele estava consciente, seja os breves olhares ou a forma que seu corpo parecia levemente inclinado em minha direção.

- Como foi a primeira noite na casa nova?

- Não...fale comigo... Eu deveria ligar para a polícia e te denunciar por invasão de propriedade.

Sorri e deitei de lado, apoiando a cabeça na mão. Assim, consegui vê-lo despindo-se diante do espelho.

- E como vai explicar o fato de eu ter uma chave?

- Roubo...

Caí na gargalhada e ele me lançou um olhar sério, mas era impossível levá-lo a sério enquanto estava semi nu.

- Quando foi que pegou a chave?

- Quando fui buscar a pizza. - Confessei despreocupadamente.

Ele pensou um pouco e pareceu entender. Depois, andou pelo quarto em direção ao banheiro.

- Quando sair, espero que esteja bem longe daqui.

Neguei e fui até ele. Seus olhos verdes brilhantes pareciam vivos mesmo que fosse óbvio o cansaço em seu rosto e falas, tão marcantes e encantadores me seguiram a cada passo até que eu estivesse em sua frente. Segurei sua cintura e senti seu corpo arrepiar sob meu toque, um leve arfar escapando dos seus lábios. Sorri e o puxei para um beijo. Esses lábios tão perfeitos tinham o melhor gosto, o melhor toque e me faziam querer sempre mais. Ele sabia o'que nós dois queríamos mesmo que tentasse negar com cada fibra do seu corpo, era impossível, Izuku era como combustível e eu era a faísca que ele precisava para incendiar todo o mundo.

Minhas mãos se encaixam em sua cintura, roubando de Izuku um suspiro gostoso. Caralho, como alguém pode ser tão atraente assim? É simplesmente demais para mim.
Izuku me olha e um pequeno sorriso se espalha em seu rosto, acho que algumas coisas não precisam ser ditas e, nisso, ao menos nos entendemos muito bem.