Just Let Me Love You |BakuDeku|

03 - Pov's Katsuki Bakugou

Pov's Katsuki

Ao chegar em casa, fui obrigado pelos meus colegas a contar oque havia rolado durante a noite. Não foi difícil explicar, contando que eu não me lembrava de quase nada - Claro, deixei tudo proibido para menores apenas para mim -

Eles não pouparam esforços na hora de zoar a minha cara, alegando que me apaguei a um companheiro de foda de uma noite só. Mas oque infernos eu posso fazer? Simplesmente não consigo tirá-lo da mente.

Ele era simplesmente todos os meus ideias de um cara perfeito.

(...)

-Ainda sonhando com o cara misterioso? - Mina perguntou, no fim ela era a única que me levaria minimamente a sério.

Eu afirmei suspirando, deitei em seu colo e fiquei encarando um dos poster de nossa banda na parede enquanto ela mexia nos meus cabelos.

-Ele te pegou de jeito, não é mesmo? - ela riu quando rolei os olhos, mas no fim não pude refutar sua provocação - Se está assim tão caidinho porque não procura por ele?

-Sério mesmo? Eu posso? - Ela afirma - Mina! Você é a melhor das melhores.

Ela ri e eu me levanto rápido, pegando as chaves do carro e a carteira antes de correr porta a fora.

Mas antes que a porta se feche ela grita do sofá - Lembre-se das regras. Não nos meta em mais fofocas desnecessárias.

Grito uma afirmação e saio de lá. Bom, nem ao menos sei por onde começar a procurá-lo.

-Merdaaa...

Minha única opção foi dirigir pelas ruas do hotel e da boate e também próximo a elas. Mas isso não serviu de nada além de me frustrar.

Só algumas horas depois foi que me dei por vencido, não o encontraria assim nunca na vida. Nem mesmo sorte para isso eu tinha.

Mandei mensagem no grupo que tinha junto aos outros, já que ele estava mais agitado do que o normal desde o momento que saí de casa - Mina provavelmente deu com a língua nos dentes - e agora todos eles faziam questão de rir do meu desespero.

Estaciono o carro no primeiro restaurante que vejo e entro no estabelecimento. Procuro uma mesa mais ao fundo e me sento lá à espera que alguém apareça para me atender.

-Boa noite, gostaria de fazer o seu pedido? - Alguma divindade com certeza estava brincando com a minha cara. Aquela voz não iria sair da minha cabeça tão cedo, então foi fácil reconhecê-lo.

-Hey!

Ele se assustou momentaneamente, antes de sorrir educado.

-Olá senhor, oque deseja?

Neguei sorrindo perante tamanha indiferença. Passei os olhos pelo cardápio e disse.

-Hmm...acho que vou pedir uma conversa.

Ele riu - Infelizmente terei que dizer que o nosso restaurante não serve tal prato. Sentimos muitíssimo.

Ah! Ele com certeza não sentia merda nenhuma.

-Bom, não sou muito exigente, ficarei com o menu C então.

Ele sorriu outra vez, polido e educado como um profissional deveria ser.

-É uma ótima escolha. Para beber, o senhor deseja algo?

-Estou dirigindo, então... - Olhei rápido o cardápio e falei o primeiro drink sem álcool que avistei.

-Ok, mais alguma coisa?

-Sim, posso ter a honra de saber que horas você termina seu turno?

Ele riu fraco - Em duas horas, por quê?

-Quero conversar.

-Ah...

-Estarei esperando por você.

Ele não disse nada, apenas curvou-se rapidamente e saiu.

Enquanto desfrutava do jantar eu o observava caminhar por ali, servindo e atendendo as mesas, sempre com o mesmo sorriso contido e profissional ao qual me mostrou.

(...)

Ele havia desaparecido a algum tempo, não o vi mais no salão e isso começou a me incomodar. Onde infernos ele se enfiou?

Não muito depois meus questionamentos foram respondidos, quando eu o vi sem o uniforme do lado de fora do estabelecimento, acenando pelo vidro enquanto sibilava uma despedida.

-Que cretino! - Me levantei rápido e corri para pagar minha conta o mais rápido possível. Porém, nem mesmo xingar o funcionário para que andasse mais rápido adiantou, pois quando sai ele não estava mais em lugar algum.

Eu ri, de raiva e ao mesmo tempo indignação, ele havia brincado direitinho com a minha cara.

Depois de voltar ao restaurante e me desculpar com o funcionário que xinguei eu voltei para casa. Me preparei mentalmente para ouvir as provocações dos idiotas que chamo de amigos.

Eu fui obrigado a dormir, já que teríamos trabalho amanhã cedo, por isso não pude pensar muito nesse assunto.

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Beijinhos 🤍