09 - Pov's Katsuki Bakugou

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Pov's Katsuki

Surreal, como ele era perfeito, todos os detalhes de seu rosto meio cansado e o corpo marcado por mim, tudo se complementando com a calmaria que as espumas da banheira ofereciam; surreal como tudo nele era provocante mesmo sem o mínimo esforço, um mísero movimento para limpar a espuma dos olhos me fazia sentir vontade de ir para a... seja lá qual fosse o número da rodada.

-Entra... - Ele falou.

Pisquei voltando a realmente prestar atenção no que se passava em minha frente.

-Oque?

Izuku rolou os olhos achando minha confusão atrativa, seus lábios formaram um sorriso divertido ao dizer as palavras seguintes.

-Você está aí parado...nu.

Olhando para baixo rápidamente pensando ser apenas uma brincadeira idiota. Apesar de sentir minhas orelhas arderem, esse não era o tipo de coisa capaz de me fazer ficar envergonhado, mas mesmo assim ele notou, notou e riu.

Torci os lábios para deixar isso de lado e me juntei ao garoto na banheira cheia, de frente para ele.

A água lhe cobria até a metade do peitoral - levemente marcado por meus lábios - as bolhas do sabão que escolhi agora lhe rodeavam e zombavam de mim; talvez elas tentassem me mostrar que estava muito mais próximas do que eu, que tocava a pele delicada e rosada dele mais do que eu seria capaz...

"Bolhas idiotas, já toquei todo esse corpo com minhas mãos e lábios, antes mesmo de vocês..."

Chamem do que quiserem, infantilidade ou esquizofrenia, estou pouco me fodendo, tudo que me importa é saber oque infernos ele fez para me trazer até aqui.

-O que tanto olha no meu torso? Perdeu algo?

O doce e a calmaria na voz dele era como ácido, do tipo que me fazia sentir vontade de bebê-lo. Sem arrependimentos.

-Apenas admirando, eu acho - Com a voz mais controlada possível lhe respondi, embora não tenha sido convincente o suficiente pois ele riu - Você é bonito pra porra.

As palavras se embolaram em minha língua e mal notei quando as estava pronunciando em voz alta, deixando Izuku e a mim mesmo surpresos.

-Mn? - Ele soprou inocentemente.

-Esquece.

Izuku riu e afastou as bolhas com as mãos - Viu? Ele não as quer por perto, idiotas -

Algo em mim estava totalmente errado. Falar e sentir ciúmes de bolhas de sabão é o cúmulo da loucura.

Ficamos ali por mais algum tempo, Izuku limpando os cabelos e eu o observando até a água se tornar fria e ele sair enrolado em uma toalha branca que lhe caía muito bem.

-Estou caindo fora.

Izuku já se dirigia à porta quando pronunciou tais palavras.

-Mn? Espera! Eu te levo.

Ele negaria, estava em sua cara isso, mas notando que eu não desistiria facilmente Izuku se rendeu. Não poderia deixá-lo simplesmente ir, ele estava claramente cansado... e tecnicamente tenho parte da culpa nisso. Enquanto termino de me vestir riu da minha própria idiotice por uma parte de mim sentir orgulho.

Pego tudo que levamos e então saímos do hotel.

-Então, para onde deseja ir?

-Minha casa - Izuku responde sem pestanejar.

Ele coloca o endereço no GPS e eu dirijo até lá, em um silêncio confortável a viagem segue sem problemas. Lembro-me de gravar o endereço depois, vai saber, talvez um dia eu precise.

-Valeu pela carona.

Dispenso seus agradecimentos e lhe estendo a mão.

-Pode me emprestar seu telefone por um segundo?

Izuku não entende, mas não demora a me entregar o aparelho, mesmo que me olhando estranho. Eu gravo meu número em seus contatos e o adiciono a incrivelmente vazia lista de favoritos antes de devolvê-lo.

Izuku sorri ao fechar a porta e se afastar do carro, foi um bom momento para nós dois e sabemos disso. Eu o observo desaparece na porta de entrada decaída do prédio, que nem de longe parecia um bom lugar.

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*Mil milhões de anos depois*

Voltei galerinha maravilhosa.

Espero que gostem desse capítulo.

Beijos e abraços <3

Just Let Me Love You |BakuDeku|Onde histórias criam vida. Descubra agora