O alpha por qual me apaixonei.

Capítulo 15 - Meu rei descontrolado!

Você dormiu, e depois despertou, tomou um banho e foi até a entrada de onde vinha barulhos altos. Quando chegou se deparou com os anões colocando pedras gigantes contra a entrada em uma forma de barreira, Thorin gritava para lá e para cá, ordenando que até o nascer do dia, o portão deveria estar bloqueado.

- Thorin, o que está acontecendo? – você questionou em voz baixa, mas sua presença capturou a atenção do anão mesmo com toda a cacofonia.

- O povo da cidade do lago está nas ruinas de Dale, e tio Thorin não quer que eles venham lutar pelo ouro. – rosnou Kili indignado enquanto ajudava a levantar as rochas pesadas.

- Thorin? – você questionou esperando que o anão entendesse suas palavras anteriores, mas aquele brilho maníaco voltou a suas orbitas azuis.

- Não! Não vou ceder nada a eles! – ele rosnou delirante, e voltou a gritar com os outros anões, ordenando que fizessem o serviço mais rapidamente, que precisava proteger o ouro.

Você observou como o seu amado anão se perdia dentro daquela loucura, todo seu ser mudava dando espaço para aquele cérebro danificado pela doença do dragão.

- Então dê minha parte para eles! – você gritou irritada – está em meu contrato que tenho uma porcentagem como pagamento!

- Não! – Thorin rosnou – não, como seu marido, tudo que era seu, agora me pertence e será administrado por mim, e nada, nenhuma só moeda que seria sua, sairá daqui!

Você desceu os últimos degraus e se aproximou, socando-o no peito, forte o suficiente para fazê-lo dar um passo para trás.

- Onde está sua honra Thorin Escudo-de-Carvalho?! – você gritou – onde está a bondade e a paixão em seu coração, que eu tanto aprendi amar! O que aconteceu com você, que não consegue lutar contra isso que se tornou?!

- Cale-se agora! – ele rosnou de forma mais agressiva – eu sou seu rei! Eu sou o seu marido! E vai fazer o que eu quiser enquanto estiver aqui!

- Eu posso muito bem sair daqui!

- Mas não vai! Porque nenhum outro homem vai te oferecer o tanto de ouro que tenho para que seja dele! – o anão rosnou, olhando-a com ódio e loucura. Você não pensou quando o acertou no rosto, o som de seu golpe ecoou na montanha silenciosa, o único outro som sendo apenas sua respiração falha enquanto tentava segura suas lágrimas.

- Como você ousa me tratar assim?! – você gritou no rosto dele – não sou sua, Thorin, e quero que aproveite seus dias, sozinho!

Você jogou contra ele um punhado do ouro, acertando seu peito e se espalhando ao redor de seus pés, então virou-se e voltou para seus aposentos, onde trocou toda a roupa, voltando a pôr seu casaco de peles e as roupas élficas, seus cabelos foram desmanchados das tranças e voltaram a ganhar seu coque apertado, suas armas voltaram a estar presas em seus cintos.

- Não vou deixar você partir. – o Thorin rosnou – é minha companheira, é minha rainha, não vou abrir mão de você.

- Eu te amo, Thorin, mas não vou continuar com você, enquanto estiver assim! – você rosnou passando por ele, o rei anão grunhiu, e a seguiu.

- Não me faça usar a força para mantê-la dentro dessas paredes! – ele gritou, fazendo-a parar no meio do corredor, as tochas tremularam com a força de sua magia que rondava sua pele esperando uma libertação em meio a sua agitação.

- O que vai fazer? – você sussurrou – vai bater em mim Thorin? Vai me amarrar, me obrigar?

- Vou prende-la, mas nunca vou bater em você. – ele sussurrou chegando perto de seu corpo, o nariz e os lábios roçaram o topo de sua cabeça, as mãos se esticaram para tocar em seus ombros, mas ele desistiu.