Capítulo 19 - Epílogo.

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Você acordou assustada precisando de ar, sua visão estavam embaçada, tudo estava claro e a luz branca queimava suas retinas. O grito ficou preso em sua boca, que estava aberta por um tubo que invadia sua garganta, o desespero te fez se debater, sons altos ecoavam estranhos em seus ouvidos, mas no meio de tudo isso você ouviu sua mãe. A voz familiar e desesperada chamava pelo seu nome de uma maneira estranha e ao mesmo tempo familiar.

Logo pessoas vestidas de branco invadiram, seguraram seus braços e pernas, seus olhos embaçados acompanharam quando uma mulher injetou algo em um tubo que ia diretamente em sua veia. Você a olhou com assombro enquanto sua mente e seu corpo ficaram entorpecidos, lágrimas se juntaram em seus olhos, mas você caiu na inconsciência antes mesmo de poder derrama-las.

**

Depois de algum tempo você despertou, sua cabeça estava dolorida, e ainda se sentia meio grogue. Sua visão ficou um pouco embasada, sua respiração um pouco difícil enquanto tentava identificar onde estava.

Quando sua visão firmou, seus olhos percorreram o quarto de hospital com tantos aparelhos, a brancura das paredes e da luz fazem seus olhos doerem um pouco dentro das orbitas. Você percebeu um tubo inserido em uma de suas veias, e todos aqueles monitores ao redor, o soro pendurada. Sua garganta estava seca e dolorida, seus lábios rachados e sua língua pastosa, você separou os lábios com esforço para tentar falar, mas tudo ainda doía em seu corpo, ao lado da cama você tateou até achar um pequeno botão ao qual apertou. Demorou um pouco para uma enfermeira entrar, os olhos amendoadas a olharam por um momento antes de voltar para fora e chamar alguém.

- A senhorita está bem? Como se sente? – ela questionou enquanto verificava seu soro, e também a sua cama.

- B..em. – você sussurrou de forma dolorida, a mulher pegou um copo de água e a ajudou a beber o liquido fresco.

Nesse meio tempo o doutor entrou, seus cabelos dourados eram curtos e penteados para trás, ele vestia um uniforme azul e por cima seu jaleco branco Estetoscópio pendura em seu pescoço.

- Bom dia senhorita (seu sobrenome). - ele falou olhando sua fixa. Seus olhos arderam um pouco mais, e as lagrimas começaram a descer.

- Está sentindo dor? – questionou a enfermeira ao seu lado, você balançou a cabeça, e levou a mão ao peito.

- Sua mãe foi descansar um pouco. Depois voltará. – comunicou o médico – nós vamos fazer uma série de exames para que checar se há sequelas então, poderemos começar uma fisioterapia para que volte a sua vida normal em poucos dias.

Você escutou atentamente, mas aquela dor em seu peito ainda era forte, mas não era uma dor física, era sentimental. Sua cabeça estava em branco, mas algo dizia que você tinha esquecido algo importante, que alguma coisa estava errada.

- O que...o que... acontece-u comig-o? – você tentou falar ainda sentindo-se estranha, a enfermeira levou outro copo de água a sua boca.

- Você sofreu um acidente e passou algumas semanas em coma induzido para se recuperar. – disse o doutor – estamos confiantes de que recuperará bem, por enquanto teremos que fazer alguns exames.

Você concordou enquanto observava sua mãe entrar, seus olhos e encheram de lagrimas quando a viu desperta e se aproximou para distribuir-lhe beijos e afagos.

- Oh meu Deus, obrigado meu Deus. – ela chorou enquanto ainda lhe enchia de beijos.

- Também senti sua falta, mãe. Muita falta.

**

Os meses tinham se passado rapidamente, e você tinha se recuperado o suficiente para ir para casa, não haveria sequelas graves, e a única coisa que precisaria era fazer fisioterapia para voltar a andar corretamente. A primeira fase da fisioterapia tinha sido no próprio hospital, e depois o médico tinha te encaminhado para outro fisioterapeuta porque ele iria entrar em férias, você conseguia caminhar pouco e com a ajuda de muletas.

O alpha por qual me apaixonei.Onde histórias criam vida. Descubra agora