O alpha por qual me apaixonei.

Capítulo 17 - As decisões finais.

Você respirou fundo. Estava sentada no salão junto com os outros anões, seus pensamentos correndo e seus olhos lagrimejantes. Você não sabia o que tinha feito de errado, não sabia como tinha falhado em ajudar Thorin a recuperar sua mente, e agora não sabia o que fazer para defender Gandalf e Bilbo.

- Não podemos ficar aqui, enquanto os elfos e nossos parentes defendem a montanha! – gritou Kili indignado – não é justo! Não está em nosso sangue fugir!

Todos os outros anões murmuraram em concordância, mas continuaram sentados e pensativos, alguns afiando suas lâminas.

- Isso não está certo! – gritou Kili uma última vez, antes que seu irmão o puxasse para sentar. Você os observou, e uma onda de preocupação encheu seu peito.

Eles deveriam ficar dentro da montanha se quisessem sobreviver, nisso você concordava, mas você por outro lado, poderia sair e lutar, ajudar Gandalf e proteger Bilbo. Enquanto pensava observou Dwalin se levantar e lentamente sair do salão, entrando nos corredores.

- Não sei o que fazer. – disse Balin – Thorin não permitirá nossa saída, e também, somos apenas treze, que diferença iriamos fazer?

- Muita, eu garanto. – rosnou Fili por sua vez indignado, seus bigodes dourados chacoalharam em torno de sua boca e queixo.

Você colocou suas pernas para cima, apertando os joelhos contra o peito, seu coração bateu mais rápido enquanto pensava no que deveria fazer. Querendo ou não, todas as suas opções resultavam em sua saída de Erebor. Thorin poderia te odiar por isso, mas era o melhor a se fazer. Você se levantou e os olhos ansiosos de todos a acompanharam até que sua silhueta não pudesse ser mais vista.

Quando chegou a sala do trono, Thorin tinha tirado sua espada da bainha e ameaçava a Dwalin. O grande guerreiro tatuado tinha os olhos azuis brilhantes com lágrimas não derramadas, e o rei alfa parecia instável, mas odioso.

- Saia, antes que eu tenha que mata-lo. – ele rosnou, mas seja o que for que o anão tatuado tinha dito a ele, tinha mexido com sua mente.

Você encarou Dwalin antes de finalmente, subir os degraus para estar de frente para o rei alfa.

- Você o magoou, Thorin. – você respirou – por que está fazendo isso conosco? Com todos nós, com seu primo Dáin?

- Nós temos que mover o ouro para as câmaras mais fundas. Temos que proteger o ouro. – ele rosnou e a puxou pelo pulso – você! Temos que proteger você! Aquele elfo desgraçado...

- Para Thorin! – você rosnou – não vê o que está acontecendo?! Está louco como seu avô, louco pelo ouro! Nem se importa com mais ninguém, e muito menos comigo!

- Me importo contigo sim, Amrâlimê. Você é minha, para amar e proteger.

- Não está me protegendo, está me magoando também! – você chorou – eu vou descer, e lutar ao lado de Gandalf.

- Não vou deixar que aquele elfo a tire de mim novamente! – ele rosnou e começou a resmungar consigo mesmo – tantos ouros, tantos ouros, por tantos séculos.

- Ele nunca me tirou de você, Thorin, mas é o seu comportamento que está me afastando.

- Você tem interesse no ouro dele?! – ele questionou com ódio, seus olhos azuis brilhavam com uma insegurança quase cômica, mas muito triste.

- É tudo que pensa de mim, Thorin? – você questionou – que estou contigo por causa do seu ouro, que posso deixá-lo por outro que seja mais rico?

Thorin a olhou com intensidade, seu punho flexionou diante do peito, mas então seus passos começaram a ser mais frenéticos enquanto resmungava consigo mesmo.