O Imperador, o servo e o rico comerciante.

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A doutora foi chamada por volta das duas horas da tarde, uma hora boa para conversar no grande pátio interno ouvindo o som da água de um riacho e o som dos passarinhos nas árvores frutíferas espalhadas pelo grande espaço, ricamente decorado e com ...

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A doutora foi chamada por volta das duas horas da tarde, uma hora boa para conversar no grande pátio interno ouvindo o som da água de um riacho e o som dos passarinhos nas árvores frutíferas espalhadas pelo grande espaço, ricamente decorado e com escravos e servos a cuidar de tudo. Foi neste cenário encantador que ela esperou por alguns minutos, sozinha, até que o Imperador foi anunciado.

-O filho dos céus, o grande Imperador! Ajoelhem-se!!

O som da voz poderosa de um alfa fez a doutora se ajoelhar e esperar paciente.

-Levante-se doutora Lídia, é bom lhe ver com saúde, já fazem quantos anos? Seis??

Lídia se levantou e não ousou se sentar até que um servo lhe indicou um banco acolchoado perto de uma mesa requintada sob a sombra de uma macieira já florescendo.

-Grande Imperador respondendo sua perguntar fazem cinco anos, estou feliz em retornar a cidade Imperial e me deixa ainda mais feliz em ver vossa majestade com aspecto tão bom e saudável, sua força é magnífica, digno de seus ancestrais.

O Imperador sorriu, essa alfa possuía linhagens ancestrais tão profundas e fortes como as dele e sabia reconhecer a força alfa latente de seus antepassados somente em sentir o ar a sua volta, observar as nuances sutis no ar, ele nem mesmo precisava emanar sua aura. Isso era também uma demonstração de força da parte dela e ele respeitava isso.

Após essas primeiras conversas formais o Imperador se sentou a frente dela e mandou servir um chá fresco e aromático para ambos, dispensou o servo e os guardas ficaram a uma distancia segura para não ouvir a conversa e mesmo assim próximo o suficiente caso fosse necessário, dois escravos se ajoelharam perto do Imperador, seus rostos suaves e jovens voltados ao chão, tão obedientes que nem mesmo sua respiração era audível.

-Grande Imperador, eu consegui finalmente provar que os ômegas não são capazes de cometer crimes contra a vida de outras pessoas, algo no sangue deles lhes impede de fazer tal coisa, pode ser o fator do gênero ômega ou mesmo algo diferente, mas meus exames provam isso sem dúvidas, trouxe todo meu material e posso submeter tudo isso aos seus médicos e curandeiros.

O alfa vestido ricamente a observava enquanto sorvia seu chá lentamente, analisando cada detalhe da alfa a sua frente, seu nervosismo e seu entusiasmo.

-E também me trouxe um ômega, um que foi julgado injustamente, estou correto?

Ela concordou, nem um pouco chocada com a informação, era sabido que o Imperador conseguia informações rápido e no momento em que pisou na cidade já sabia que ele conheceria seus motivos.

-Vossa sabedoria sempre é surpreendente e é claro que vossa alteza real está certo, como sempre.

O Imperador pousou a xícara na mesa e bateu palmas.

-Me tragam o ômega! E todos os documentos da doutora.

Ela suspirou finalmente espantada, queria montar uma apresentação, mostrar como tudo aquilo funcionava e depois apresentar Louis.

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