Capítulo quatorze

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Seus dedos deslizaram facilmente na pele macia e se fecharam na curva da cintura estreita. Ele a puxou para baixo, mais fundo, e continuou a exploração no mapa do seu corpo. A palma preencheu o volume dos seios, recebendo a pontada prazerosa do mamilo endurecido. O gemido dela ecoou como música, tão suave quanto o prelúdio da Suíte Nº 1 de Bach.

Os cabelos castanhos-dourados se espalhavam pelo travesseiro e Cassian afastou alguns fios que caíam sobre seu ombro para beijá-lo. Os lábios dele traçaram um caminho muito preciso no pescoço esguio, lambendo e chupando com vontade. Teria ficado assim por mais tempo, mas levou a cabeça para cima, a fim de olhar os contornos definidos do seu rosto.

— Nestha — ele sussurrou, não como um chamado, mas como uma súplica.

Ela respondeu com um sorriso astuto, levantando a cabeça para diminuir a distância entre eles. Cassian compartilhava da mesma necessidade e a beijou, preenchendo perfeitamente o encaixe dos seus lábios. Ela tinha o gosto mais puro do desejo.

Deu uma, duas, três, quatro estocadas, mais do que conseguiria contar. Ela o cobria inteiro e ele engolia cada suspiro e som que saía da sua boca. Movimentou-se até não ter mais fôlego, até chegar ao limite.

Porém não conseguiu ir aonde queria, pois seus olhos se abriram e a visão que teve não foi da face calorosa de Nestha, mas do teto.

Seu ritmo cardíaco estava tão desalinhado quanto os lençóis parcialmente encharcados pelo suor. Ele cobriu os olhos com o antebraço para se proteger da luz da janela. Sentia-se dolorido e frustrado, a ereção pulsando dentro da cueca não ajudava a superar o sonho.

Precisava tirar Nestha da cabeça, mas quando sua mão deslizou para baixo e envolveu o pau duro como pedra, ele só pensava nela e na experiência utópica que seu sono trouxe. Subiu e desceu o pulso sistematicamente e cada vez mais rápido. Ele deveria se sentir aliviado ao jorrar sobre si mesmo, mas a única coisa em que pensava era no quanto gostaria que esse sonho fosse verdade.

Cassian estava com um humor de merda.

Não pôde disfarçar a expressão rabugenta ainda de manhã, enquanto fechava o porta-malas do carro com os pertences dele e dos amigos. Foi difícil levantar da cama, mas eles se programaram para ir à casa de praia logo ao amanhecer.

— Que cara ranzinza é essa? — Mor colocou as mãos em concha no seu rosto, tal qual faria com uma criança.

— Teve um pesadelo? — Amren perguntou, mesmo a expressão dela não estando muito diferente, mas nesse caso era movida pelo sono. Ela tentou varrer os cabelos pretos desalinhados e deu um bocejo involuntário.

— Quem dera — Cassian resmungou. Sua voz saiu meio distorcida, já que Mor pressionava suas bochechas até a boca formar um bico de peixe. — Tive um sonho maravilhoso.

Amren o olhou como se ele falasse em grego.

Ele afastou as mãos de Mor e, com agilidade, conseguiu girá-la e contorcer seu braço por trás sem muita força no movimento. Depois a escoltou até o carro, colocando-a no banco de trás como uma criminosa.

Feyre e Rhysand apareceram, se acomodando no carro na mesma hora que Cassian e Amren. O grupo seguiu pela estrada, pretendendo chegar antes das 9h. O restante dos convidados chegariam ao longo da manhã. Deixou que a conversa dos amigos e a promessa de um descanso merecido o distraísse, depois de semanas exaustivas na faculdade.

À medida em que se aproximavam da casa de praia, Cassian viu outras construções suntuosas pela janela disputando lugar com a vegetação.

Assim que o carro estacionou em frente ao casarão, ele seguiu diretamente ao porta-malas.

O laço que nos une | NessianOnde histórias criam vida. Descubra agora