✞︎17-Aliados

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Taissa.

Sai da academia e recebi uma ligação de Maria, o pai dela tinha falecido e informou sobre o velório e enterro.

Mandei mensagem ao Rubens e ao Kay, embora ainda estivesse no hospital com Gael. Devido à troca de turno, fui para casa às 5 da manhã, tomei um café forte e escolhi um vestido preto de mangas longas e saia rodada com renda nos punhos, coloquei um salto de fivela e fiz uma trança no cabelo.

— Já sabe do Dahn? — A voz sonolenta de Lalá me atingiu no meio da cozinha.

— Ainda não, estão dando início às buscas — rebati, verificando o celular outra vez, um fio de esperança pulsava dentro de mim, queria me agarrar a ele.

— Talvez ele esteja morto — Seus olhos ficaram marejados rapidamente.

— Não repita isso! Que coisa agorenta! Vira essa boca pra lá Laura! — Senti uma pontada gélida no peito ao escutar aquilo. Torci contra um possível presságio. Dahn nunca sumiu daquela forma, talvez... não!

— Nós estávamos saindo — Revelou, a voz embargada.

— O que? — Um nó se formou em minha garganta com força

— Não quis te contar, depois do que aconteceu entre Binho e eu... pensei que voltaria a me odiar e se sentiria traída — Confessou, secando as lágrimas escorrendo sobre o rosto angelical.

Ali percebi que Laura não só estava saindo com Dahn, mas também apaixonada, mesmo não sabendo por ele, fui incapaz de sentir raiva dos dois, seria egoísmo, já que só o considerava um amigo, quase um irmão.

— Vão encontra-lo e tudo vai ficar bem — A abracei, Laura se afundou em meu peito e desabou a chorar feito criança.

Dei os pêsames a Maria e ofereci todo meu apoio, incluindo um espaço no meu quarto caso quisesse passar a semana fora de sua casa

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Dei os pêsames a Maria e ofereci todo meu apoio, incluindo um espaço no meu quarto caso quisesse passar a semana fora de sua casa.

Começou a chover, Rubens me protegeu com seu moletom, enquanto íamos embora até seu carro. Pietro foi o último a ficar ao lado de Mari, a consolando.

— Vamos até à minha casa? — Se virou para mim, enquanto dirigia.

— Seus pais estão lá? Não quero causar má impressão — Esfreguei os olhos cheio de olheiras devido ao sono.

— Não, foram viajar e Tamar foi com eles, não se preocupe Tai, prometo que vou me comportar — Um sorriso lascivo se formou nos seus lábios grossos.

Mordi o lábio inferior ao sentir sua mão na minha coxa esquerda.

Pouco depois.

Adentrei a sala e devolvi sua blusa.

— Quer beber alguma coisa? — Ofereceu, indo até o armário de vidro cheio de garrafas variadas. Assenti, sentando no sofá.

— Você fica perfeita de preto, sabia? — Voltou, entregando o copo com uísque.

Somos feitos de sangue e mentiras [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora