Pov- Maria Clara.
Maria - No dia seguinte à morte da minha irmã, eu acordei determinada a assumir minha nova responsabilidade como mãe de Cecília. Após resolver todas as questões legais e burocráticas, eu me tornei oficialmente sua guardiã legal. Era um misto de emoções, pois enquanto meu coração ainda doía de saudades de Isabella, eu estava determinada a proporcionar uma vida maravilhosa para a minha sobrinha. E claro que a primeira coisa que eu pude fazer foi voltar para casa mas ainda sempre sabia que precisava ir até a delegacia para resolver o assunto sobre Daniel Bittencourt, e com o fato de que tenho certeza absoluta acho que foi ele que machucou a minha irmã, o médico vai preparar o laudo do óbito para que eu pudesse usar na polícia e até lá eu tenho que esperar, e ter certeza absoluta acho que ele não vai colocar as mãos em Cecília de maneira nenhuma e claro que eu vou fazer um inferno na terra se ele tentar fazer isso com ela.
Apesar de estar de licença do trabalho para me adaptar à nova realidade, naquele dia específico, eu precisava comparecer à empresa do Heitor para uma reunião importante. A organização da empresa era o último lugar que eu queria estar naquele momento, mas a vida seguia, e eu sabia que precisava equilibrar meu papel como mãe com minha carreira. Heitor não vai deixar que eu possa ter tempo para ficar em casa, até porque ele não faz menor ideia de que eu tenho uma criança para cuidar a partir de agora mas isso não significa que eu não tenho que fazer o melhor para Cecília, Ela merece o melhor sempre.
Acomodei Cecília com todo o cuidado no bebê conforto e, com uma mochila cheia de fraldas, mamadeiras e outros itens essenciais, partimos para o trabalho. Eu torcia para que, de alguma forma, conseguisse conciliar essas duas partes da minha vida. Ainda assim era um pouco difícil porque sabia que uma hora ou outra eu vou precisar contratar uma babá para cuidar dela, o que é ruim para mim porém se eu tiver o meu próprio negócio, ela vai poder ficar do meu lado a maior parte do tempo e eu vou poder cuidar dela melhor do que estou pensando.
Ao chegar na empresa, senti os olhares curiosos dos meus colegas quando me viam com a pequena Cecília nos braços. Alguns sorriam compreensivos, enquanto outros pareciam desconcertados com a minha presença ali. Eu ignorei os comentários e seguimos em direção à sala de reuniões, onde a equipe já estava reunida.
Maria - Heitor, sinto muito por chegar atrasada. Tive alguns contratempos pessoais para resolver. – Eu disse enquanto adentrava a sala, com Cecília no colo. Eu não levantei os olhos para olhar para o seu rosto porque tinha certeza absoluta de que ele poderia acabar discutindo comigo com uma criança, mas não esperava que ele pudesse realmente ter a coragem de fazer isso na frente dos sócios, ainda mais agora com uma mulher que tem uma criança nos braços.
Heitor, meu chefe egocêntrico, olhou para mim com surpresa e seus olhos imediatamente se fixaram na pequena criaturinha em meus braços. Nunca o havia visto com aquela expressão em seu rosto. Havia um brilho especial nos olhos dele ao encarar a bebê. Pela primeira vez ele não se importou que as pessoas pudessem olhar para o seu rosto, antes mesmo os sócios estavam olhando para ele de forma assustada e até eu mesmo estava olhando para ele desse tipo de jeito, mas agora parecia que ele estava bem diferente, tinha alguma coisa nos seus olhos um tipo de brilho diferente e tudo que eu fiz foi apenas olhar para minha sobrinha Cecília enquanto ele também olhava para ela como se fosse algo tão precioso que me deixou um pouco desconcertada.
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Impiedoso CEO Fox
Romancetudo poderia ter sido flores enquanto eu estudava para me formar, tudo poderia ter sido flores quando encontrei meu emprego pela primeira vez, e tudo poderia ter sido flores quando conheci o meu chefe pela primeira vez, que pena que às vezes nem sem...