Depois de toda a loucura que foi a coletiva de imprensa no dia anterior, mamãe e eu passamos o dia na frente da televisão, ela ainda malhou um pouco na academia de casa enquanto eu dormi até tarde aproveitando o meu dia de folga do colégio.
Eram por volta das três da tarde quando meu pai me mandou mensagem perguntando se eu queria sair pra jantar e como eu não sou maluca, eu óbvio que aceitei, mamãe não ficaria sozinha, pois meus tios chegariam no início da noite pra uma comemoração entre eles, era sempre assim.
Separei uma roupa confortável e deixei sobre o divã, então fui tomar banho, mas não antes do meu skin care, deixei meus cabelos presos na touca, fiz toda a minha limpeza de pele diariamente, a segunda do dia e então adentrei o Box tomando um longo banho já que ainda tinha tempo e precisava espantar a preguiça.
Quando terminei fiz uma maquiagem bem leve, focando na máscara de cílios e no gloss rosado, seguiu para o closet colocando minhas peças intimas e então a calça de couro, junto a ela uma t-shirt vermelha sangue e a jaqueta negra, calcei minhas botas de salto também vermelho sangue, dei uma ondulada nos cabelos depois de pentear e peguei minha bolsa preta e suspirei satisfeita.
— Kim, seu pai chegou! — Minha mãe gritou do andar de baixo.
Eu sai do quarto ajeitando a minha bolsa no ombro e desci escutando a voz dos dois, gostava de como os dois eram amigos apesar de não serem tão unidos quanto antes, acho que depois da noite que gerou o meu nascimento, eles ficaram sem graça ou algo assim.
Apesar de sempre estarem ali um para o outro e se provocarem com a mesma força de antes, eu tinha certeza que logo voltariam a ser a dupla infalível que tia Amélia dizia que eles eram.
— Vai trazer ela hoje?
— Sim, eu só quero que ela conheça uma pessoa.
— Você não trocou de namorada outra vez, trocou?
— Claro que não, maluca, é um jantar de amigos, ela não vai sozinha.
— Você ta levando a Kim pra não ficar de vela? Você fazia isso comigo.
— E você fazia questão de me deixar sem graça.
— Você tinha que pagar por me fazer ir naqueles jantares chatos, cujo a garota que você tava afim, tava com alguém cara idiota.
— Cheguei.
— Oi pandinha — Ele me beijou.
— Eu a chamo de pandinha, para de ser invejoso e arrume um nome pra você — Me sbraçou beijando na minha testa — Divirta-se, qualquer coisa você me liga pedindo socorro e eu vou correndo te buscar — Dei risada vendo meu pai revirar os olhos e nós dois saímos.
Me sentei no banco de carona vendo-o fechar a porta pra mim e dar a volta, então coloquei o cinto.
— Aonde a gente vai?
— Eu pensei em hambúrgueres, o que acha?
— Sim — Sorri, apesar de eu ser modelo, eu não tinha restrições alimentarem, mamãe não me permitia fazer dietas ou nada disso, foi sua única objeção quando eu disse que queria ser modelo, eu também não me importava com horas sem comer pra ter o corpo perfeito, tinha uma boa genética que me fazia comer tudo o que tinha vontade, sem engordar, mas mesmo assim me cuidava com exercícios e nutricionista, absolutamente tudo sob a supervisão dela.
Eu fazia o que amava, comia o que gostava e nem eu, minha saúde ou minha carreira saiam prejudicadas.
Não demoramos muito a chegar na hamburgueria que eu gostava, nós descemos e ele me abraçou de lado, o retribui e então adentramos o lugar, eu me distraída vendo um grupo apostando quem viravam a cerveja mais rápido enquanto era arrastada para a mesa escolhida.
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Você e Tal
FanficDuas atrizes cujo o destino une, ou melhor, cujo o trabalho e dois cupidos adolescentes fazem o favor de juntar. Mas afinal... Um amor de série pode se tornar algo real? (Redes sociais)