you're not scary

six

Mais dias haviam se passado, e os dois amantes ainda não se falavam.

Sanzu não fazia a mínima ideia, mas o que Takemichi mais queria era conversar com o albino, entretanto Mikey estava o impedindo de fazer qualquer coisa no intuito de o treinar para conseguir lutar.

Foram dias e mais dias, sem ao menos um descanso, o treinando para que conseguisse ser bom aos olhos do Mikey, mas toda essa rotina já o estava matando e a única coisa que precisava era ficar um pouco com Sanzu e conversar com o mesmo.

- vamos Mikey, ele está morto! Deixe-o descansar um pouco - Draken repetia mais uma vez e o outro revirou os olhos.

- Não podemos descansar Draken! ele é o mais fraco da gang e isso já está sendo motivo de zoação nas outras gangs! — enquanto o loiro olhava para baixo, irritado com o quão ruim era lutando, Draken trata de mandar um olhar irritado para o mais baixo, o fazendo revirar os olhos — está bem entã, como quiser. — fala irritado — vamos fazer uma pausa de cinco minutos e então retomaremos o treinamento.

- nada disso! Take pode ir para casa, descanse por alguns dias e vou procurar alguém mais capacitado para treiná-lo - fala o vice-capitão olhando torto para seu comandante e o outro loiro o olha de maneira agradecida.

Em um ato de concordância, mas sem pronunciar nenhuma palavra, o Hanagaki apenas concordou com a cabeça, fazendo uma reverência antes de sair do templo, que estava apenas com eles.

Ele não tinha uma moto, então o caminho que faria seria muito mais demorado do que o padrão e também mais cansativo, mas não se importava e também não queria pedir para um seus dois amigos o levarem de carona, afinal não sabiam para onde iria, ou do quão próximo Take se tornou de haru em tão pouco tempo.

Fora andando de maneira calma por bastante tempo, agradecendo aos céus que o clima estava fresco, até que finalmente chegar no destino que queria. Bate levemente na porta algumas vezes e então a menina albina sai da mesma o olhando animada.

- Take quanto tempo não te vejo! O que faz aqui?

- eu gostaria de falar com o Haru se não tiver muitos problemas....

- oh, sinto muito ele não está em casa. Na realidade, ele não aparece aqui faz alguns dias.

O outro a olhava de maneira assustada, começando a pensar no pior mas a outra logo faz questão de acalmá-lo, explicando melhor a situação.

- isso é normal Take. Ele sempre some assim e depois vem ficar alguns dias conosco novamente, se for chutar falaria que ele está com Mutō, mas não tenho certeza. Estávamos conversando esses dias sobre eles estarem planejando morar juntos, mas não sei se já foi feita a mudança, mas tenha certeza que independente do local em que ele estiver, ele não passa perigo algum.

- ah, entendo. - falou desanimado e a albina o olhou com pena.

- pode ter certeza que caso ele aparece pedirei para procurá-lo, e é sério, se acalme que tenho certeza que ele está bem.

- obrigado Senju, não irei mais atrapalhar. - sorria de maneira leve e então se foi, não deixando a albina falar mais nada, caminhando derrotado para seu próprio apartamento.

Aquela não fora a primeira vez que o procurara, e aquilo já estava o deixando frustrado.

Reuniões da Toman, quando saiam entre amigos, a qualquer momento que estava com ao menos uma pessoa da gang já tinha com esperanças que pudesse falar com o outro, mas quando o encontrava sempre ele estava com Mutō, e saiam o mais rápido que conseguiam sem dar o tempo de Hanagaki se aproximar, dando a impressão que o estava evitando, o deixando pensativo se aqueles dois dias em que estiveram juntos não extrapolou demais indo além dos limites que Haruchiyo achava aceitável.

Quando finalmente chegou em sua casa, sua mãe o esperava com o almoço feito. Logo ele tratou de tirar sua feição frustrada e a mascará-la para uma feliz indo ao encontro de sua mãe, aproveitando um dos poucos tempos que tinha com ela.

Passara o resto da tarde com a mais velha, ignorando todo aquele sentimento que estava surgindo em seu peito, e depois quando estava ficando mais tarde, e o mesmo já estava cansado de tanto fingir uma felicidade inexistente, apenas se despediu da outra indo para seu quarto com um discurso de que estava cansado.