eleven

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- foi horrível sabe Take — desabafou Nora depois de um tempo com o loiro sendo sua companhia no hospital — tudo o que eles me fizeram passar... foi surreal. Eu sempre fui amiga de todos eles, não imaginei que fossem fazer isso comigo, principalmente a Emma.

- é chocante o quão rápido a opinião deles podem mudar. Mil desculpas por não termos conseguido salvar você.

- vocês não tiveram culpa — exclamou irritada — vocês estavam ocupados, em reunião com a Black Dragons, eu que deveria ter ouvido vocês e não ter saído. — sorri leve e o outro apenas a abraça, segurando suas lágrimas. — está tudo bem.... daqui a pouco eu vou voltar ao normal e vamos meter a porrada neles!

- esperamos muito isso. — fala Izana abrindo a porta, com um pequeno sorriso em seus lábios, sendo acompanhado pelos outros fundadores da Tenjiku.

O loiro a solta, secando as lágrimas nas quais não havia conseguido segurar, e vai para perto de seu rei.

- quanto tempo não te vejo Nora — falou com uma voz calma, mas séria — me desculpe por não ter chego a tempo.

- está tudo bem rei, não foi sua culpa. — falou com uma voz séria encarando o outro. — até porque não foi nada demais, você sabe que esses médicos sempre exageram. Quando perceberem estarei nova em folha e pronta para lutar.

- pode esquecer — revidou o loiro irritado, e preocupado, com a outra, que era muito cabeça dura, essa que apenas revirou os olhos ignorando o comentário adicionado.

- temos finalmente uma data para a briga, então realmente espero que esteja bem até lá, até porque, só você pode brigar com a Emma.

- mas comandante.... sua irmã — é interrompida rapidamente.

- a partir do momento que fere um dos meus, se tornam meus inimigos. Mikey é um exemplo disso, agora Emma também é.

- muito obrigada rei — tentava ao máximo se curvar, mas os aparelhos presos a si não permitiam, fazendo o albino sorrir um pouco com a cena, realmente faria tudo por sua família.

- bem, Inui trará seu uniforme mais tarde, se vista e vá ao nosso encontro, você já está com alta. Vamos começar o treino de reabilitação a você, e hoje a noite vamos ter a reunião no qual estamos a tanto tempo esperando. Parabéns, você é oficialmente a primeira mulher a entrar na realeza. — e depois de tudo dito, sai, não a deixando falar mais nada, sendo seguido por sua rainha e príncipe que sorriam animados. Os duques saíram logo depois, dando uma pequena reverência a mulher no qual ainda estava hospitalizada.

- nosso sonho está cada vez mais perto de ser realizado — Takemichi falava eufórico.

- e ainda mais agora com o seu sonho idiota de ter alguém que ama ao seu lado quando isso acontecer. — complementa o rei fazendo os outros rirem, enquanto o loiro de olhos azuis morria de vergonha.

- hm, vocês não podem falar nada! Estão aí Kaku e Izana namorando, e Inupi e Koko também! Podem não ter assumido ainda, mas alguma coisa aí tem, e isso vocês não podem mentir. Agora me deixem, tô indo para a casa do Haru se me derem licença. — todos riem enquanto o loiro envergonhado saia, as pressas, do hospital, e eles voltavam a conversar tranquilamente, ainda que um pouco envergonhados.

Estava tão na cara assim?

Sai o mais rápido possível do hospital, sabendo da briga que receberia por tudo o que falou caso continuasse, correndo até finalmente sair daquele local.

Pede um taxi e o resto do caminho é todo tranquilo, enquanto via a neve calmamente cair pelas ruas japonesas, até finalmente chegar no apartamento onde passava tanto tempo.

- merda porque não vem morar aqui logo de uma vez? — é a primeira coisa que Take ouve ao entrar pelas portas, sendo o Muto falando.

- e ficar onde? Na casinha do cachorro? Não tem quarto para mim! Quer o que? Que eu divida quarto com você seu pervertido! — agora ouvia a voz de Kazu aos berros, e a conversa se tornava ainda mais confusa para o loiro recém chego.

Andou pelos cômodos da casa intrigado, até finalmente achar onde os três residentes da casa estavam, com Muto e Kazutora aos berros em uma discussão no qual ainda não entendia.

- ótimo! — exclamou o mais alto irritado — o outro já chegou! Agora sim, podem vir mudar para cá! Não vão a outro lugar de qualquer jeito!

- o que raios esta acontecendo?

- o que tá acontecendo? — perguntou Kazutora ainda mais irritado — é esse poste que esta arrumando confusão conosco! So porque a namoradinha tá toda fudida no hospital agora esta descontando na gente! Sério cara se manca, não foi culpa de nenhum de nós isso acontecer, agora vai a merda e vai descontar isso em outra pessoa!

- ótimo! — falou irritado, pegando seu casaco, e saindo do apartamento borbulhando de raiva e o tigre, seguindo seu exemplo, saiu também, só que em vez de ir ao hospital, foi para a casa de seu namorado.

- o que raios aconteceu aqui? — perguntou ainda sem entender muito bem o que havia acontecido e seu amante suspirou antes de o responder.

- Mutō finalmente surtou, botou tudo o que sentia para fora, mas descontou nas pessoas erradas. Ele está desesperado, os pais da Nora vieram aqui pedindo satisfação, estavam devastados e botaram a culpa nele por não a proteger. Ele apenas... surtou.

- que merda — falou após um tempo em silencio se sentando na cama de Mutō — espero.... que ele fique melhor logo...

- todos nós esperamos... — falou o albino com sua voz cansada, e então deixou um selar nos cabelos loiros mal pintados — agora vamos descansar, você já passou muito tempo no hospital e deve estar cansado.

- tá bom — fala o outro sem resistir e então vão ao quarto dos dois.

É, uma coisa que Mutō falou estava realmente certa. Kazutora e Takemichi, após a saída da Toman e entrada na Tenjiku, ficaram cada vez mais presentes na casa dos dois da divisão de defesa, tendo a maior parte dos pertences já na casa, com seus pais autorizando a saída deles para a outra casa, e nem ao menos se tocaram nisso.

Os dois amantes então, partem para a cama onde tanto ficavam. Se deitam cansados e enfim ficam aproveitando um ao outro, enquanto o albino fazia carinho nos cabelos loiros, em meio a conversas calmas.

E ali dormem, mais uma vez,em uma rotina na qual já estava a dias ocorrendo. Não se importavam, aquilo ser uma vida de casados, nem sequer havia um pedido de namoro, nada disso mais importava, estavam juntos afinal, e nada poderia estragar isso.

you're not scaryOnde histórias criam vida. Descubra agora