38° Capítulo

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Segunda-feira

  
Numa segunda-feira fria em Barcelona, fim de treinamento de 30 minutos no campo do CT, era pra ser um pequeno treino de triangulação e marcação tranquilo, porém não andou como eu imaginei graças a Dafinny.

Sim, a americana que eu mais odeio no clube no momento, ela sempre tem uma piadinha sem graça lançada para mim ou uma marcação mais forte e próximas do meu pé, eu tento ignorar sua presença o máximo, até muitas vezes eu consigo sim fingir que ela nem existe, no entanto, hoje ela conseguiu o que sempre queria e foi inevitável.

Aos 10 minutos do nosso curto treino entre jogadoras ofensivas X jogadoras defensiva, a zagueira americana não poupou sua ira e me deu uma entrada dura no meu tornozelo, fazendo eu cair automaticamente no chão colocando a mão no local, sentindo toda aquela região pulsar e uma dor horrível vir a tona também.

Dafinny era suja e maldosa, desde de minha chegada aqui, ela nunca foi com a minha cara, no próprio dia da minha apresentação, ela se recusou a me olhar ou prestar atenção no que eu estava falando, além de outros momentos que ela não perde a oportunidade de me cutucar ou fazer alguma piadinha de mau gosto, e depois fazer aquela cara de sonsa sofrida de sempre.

Com a entrada bruta que ela me deu, nem consegui terminar o treino direto, fui direto para enfermaria acompanhada por um auxiliar. Chegando lá, a fisioterapeuta fez uma breve análise do meu estado e eu contei como estava me sentindo, era apenas uma pancada forte o chute que a americana deu em mim em uma dividida acertou em cheio o osso do meu tornozelo, não arranhou, não teve torção, apenas o baque mesmo, nada que um pequeno tratamento com gelo não resolvesse.

A fisioterapeuta colocou duas bolsas de gelo em cada lado do meu tornozelo esquerdo, me sentei em uma poltrona que tinha lá e apoiei o pé em cima de um estofado pequeno que tinha na minha frente, esperando dá o horário de conclusão com esse 1° tratamento com gelo, a doutora saiu da sala me deixando só por um instante, literalmente por apenas uns instante, pois logo vi a porta da sala abrir e Dafinny passar por ela fechando-a, a garota veio em minha direção com um sorriso irônico no rosto e começou a dizer:

—Que bela jogadora feita de papel.— Ela debochou se aproximando de mim.

Ah que ótimo, vou ter que suportar essa aqui me atentando até na enfermaria.

—Não sou feita de papel.— Eu retruquei. —Você que é uma má jogadora.—

—Se eu fosse tão ruim assim, eu não estaria aqui certo?— Dafinny diz cruzando os braços já próximo a mim.

—Se eu fosse feita de papel eu também não estaria aqui certo?— Lancei um sorriso irônico como resposta.

—Escuta aqui garota.— Seus olhos escurecem de raiva, ela me encarou firme. —Acho melhor você ficar bem longe de mim, e parar de me prejudicar nos treinos, sei que rouba a bola de mim por birra, então já vou avisando logo que pare.— Esbravejou a americana em pé de frente a mim, enquanto eu estava sentada na poltrona.

Opositor Eminente | Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora