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     Na manhã do dia seguinte, o loiro acordou com muita dor nos ouvidos, infelizmente não podia faltar na faculdade, pois marcou com alguns colegas de terminarem um trabalho importante.

     Jimin havia dormido no chão do quarto que se trancou na noite passada, parecia ser um quarto de visitas, estava limpo, porém sem nenhuma decoração.

     Ainda com medo, Jimin abriu a porta e caminhou silenciosamente até o seu cômodo, abriu a porta da mesma forma e procurou por aquele que o machucou.

     Certo de que o cômodo estava vazio, entrou e trancou a porta, pegou roupas limpas e quentes, estava um clima bom, porém o loiro se sentia um pouco doente, então preferiu se proteger.

     Feito toda sua higiene, desceu as escadas bem devagar, saindo da casa como um fugitivo, não tomaria café ali, na verdade não sabia nem se voltaria pra lá.

     Chegando na faculdade a primeira pessoa que viu foi, Minho. O alfa esperava ele no portão de entrada, estava muito preocupado.

     - Oi Min, tudo bem?
     - Jimin? Você está bem? Eu estava preocupado.
     - Eu estou bem.

     Um abraço foi o suficiente pro alfa amigo, perceber que o loiro não estava bem. Em pouco tempo de amizade, eles criaram um vínculo bem forte.

     - Você não está bem, está quente. - Minho colocou a mão na testa do garoto para comprovar aquilo que suspeitava.
     - Só estou com um pouco de dor de ouvido, eu até ia ficar em casa, mas tem o trabalho de imunologia, eu não podia faltar.
     - Casa. - o alfa disse mais para si, porém o ômega mesmo machucado ouviu. - E seu marido? Ele te machucou?
     - Não se preocupe com ele, Min, vem, vamos entrar.
     - Tem certeza que você está bem? Minie, se quiser posso te levar no hospital, você está com febre e sente dor de ouvido, deve estar com alguma inflamação.

     Mal sabia Minho, que o loiro não estava com inflamação, e que a dor era consequência da voz horrorizante do alfa lúpus.

     - Olha, você será um bom médico, Min.
     - Queria estar formado para poder cuidar de você.
     - Eu não preciso de cuidados, já disse para não se preocupar, depois que eu saí da praça ontem, briguei com ele e acabei dormindo com pouca coberta, foi isso, mas já tomei um remédio.

     Jimin queria poder ter alguém assim como marido, Minho era carinhoso e cuidadoso com ele. Claro que o loiro não via o alfa assim, ele tinha marido, e nunca desrespeitaria o lúpus dessa maneira, mesmo que o mesmo fosse um mostro aos seus olhos.

     Convencendo o amigo com parte da história, Jimin conseguiu fazer aquele assusto acabar, não queria lembrar tudo o que havia acontecido.

     Durante o dia, Park sentiu algumas tonturas, e um frio abundante, evidenciando que sua febre estava mais alta, porém o ômega era teimoso e não quis abandonar seus compromissos, para consultar um médico.

     Assim que se despediu de seu amigo alfa, Jimin entra em seu carro e dirigi em direção ao hospital, queria ter certeza que não estava com nenhuma inflamação, pois se sentiu mal o dia todo.

     Sentindo uma tontura forte, parou o veículo no acostamento da pista e respirou fundo.

     Não queria que ninguém soubesse o que Jeon fez com ele, ainda estava com medo do alfa. Pensou em ligar para os pais, mas lembrou que o casal estava em uma viajem.

     Sem seu irmão Jimin se sentia perdido, sentia que um vazio estava em seu coração, queria que seu porto seguro estivesse ali para ajudá-lo.

     Com lágrimas nos olhos, o loiro pegou o celular, começou a procurar o contato de alguma pessoa, que pudesse socorrer ele naquele momento.

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