Capítulo 16: Escolhas

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A investigação sobre o assassinato de André continuavam e Luiz estava uma pilha de nervosos. Quando foi interrogado resolveu dizer tudo que tinha acontecido, como André tinha tentado agarrá-lo e foi repelido por um chute no meio das pernas e um soco na cara.

–Mas eu juro que não o matei!

–Eu nunca imaginei isso –Confessou a investigadora Jessie Gláuks –Olha só o seu tamanho. Seria como imaginar um gatinho matando um leão.

–Ei! Eu sou baixinho, mas sou um homem forte!

–Tá certo, pode ir.

–Eu poderia ter matado ele sim, senhora!

–Ok, tchauzinho.

–Isso é preconceito!

Luiz saiu super irritado, mas depois de um tempo caiu a ficha de que não era um suspeito e ficou extremamente aliviado. Ainda assim, seu depoimento contribuiu com a investigação mais do que ele imaginava.

–Então a vítima era homossexual, isso traça algo em comum entre as duas mortes. O assassino é a merda de um serial killer!

No final daquela manhã a primeira remessa de testemunhas foram liberadas, apenas ao professor Ricardo foi solicitado que comparecesse na parte da tarde.

Luiz queria evitar a melosidade dos seus pais e lhes disse que iria dormir na casa de Antônio. Quando eles estavam sozinhos no quarto se abraçaram.

–Sinto muito pelo seu amigo –Luiz disse com sinceridade.

–Luiz... pode me contar porque você achava que seria um suspeito?

–Eu não ia te contar mais... –Ele narrou todo o acontecimento da noite anterior e Antônio ficou furioso.

–Aquele desgraçado do André! –Então se lembrou que ele havia sido assassinado e suspirou –Ainda assim, não estou dizendo que ele teve o que mereceu. Longe disso.

–Eu sinto muito de verdade –Luiz disse se sentando na cama –Ele era gay e lutava contra os próprios sentimentos. Deve ter sido uma vida difícil. Antes eu o detestava achando que era só um valentão idiota, mas agora entendo que a maioria das pessoas tem suas feridas. O que não dava o direito dele ser um babaca.

Os dois se deitaram e ficaram um tempão abraçados. As vezes lembravam do excitante acontecimento de assistirem Marcus e Benjamim transando, seguido do fato de Antônio ter chupado o pau de Luiz. Aquilo era combustível que os incendiava, mas logo vinha o balde de água fria que era a morte de André.

Na parte da tarde, Brenda foi chamada para depôr e foi confrontada pelas afirmações do professor Ricardo. Ela confirmou tudo e as histórias bateram.

–Você pode afirmar com certeza a exatidão da hora em que estavam juntos?

–Eu tenho cara de relógio?

–Como é que é?

–Desculpe. Estava amamentando agora a pouco e a dor nos meus peitos estão me deixando louca –Brenda disse com sinceridade –O professor Ricardo é um cara maravilhoso, não seria capaz de fazer mal a ninguém.

–Um professor casado que beija uma aluna –A investigadora desdenhou.

–Foi eu quem o beijou, ele me repeliu. Não sou uma garotinha ingenua que está tentando defender o amante. Só estou lhe dizendo a verdade.

–Obrigada pela sinceridade, pode ir.

Quando saiu da sala Brenda e Ricardo se encontraram, ambos de pé no meio da delegacia. A garota sorriu e saiu sem dizer mais nada. Ricardo suspirou e foi chamado novamente na sala de interrogatório sendo liberado pouco tempo depois.

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