Capítulo 17

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Samantha Jones

e naquela manhã eu acordo com várias ligações do meu pai, retornei e ele atende com uma voz distante.

_ Oi pai, como o senhor está?

_ Filha... a sua mãe...

_ O que tem ela? ela está bem?

_ Ela está no hospital, ela sofreu um acidente.... e eu não sei se ela vai aguentar.

_ Como? sério? estou indo para ai agora.

_ Filha, ela está em cirurgia, estamos no hospital onde o Santiago trabalha.

_ Estarei ai em menos de duas horas, fique calmo.

minha mãe, meu apoio, minha fonte de força, o ser mais extraordinário da terra, eu não posso perde-la. 

Me levanto e tomo um banho rápido, visto a primeira roupa que eu vejo e vou correndo para o aeroporto. Eu precisava do primeiro voo para a Inglaterra, não me importava  o valor eu só precisava ir.

_ Bom dia, eu preciso do primeiro voo para a Inglaterra e rápido.

_ O primeiro voo já saiu a cerca de duas horas, o próximo voo é daqui a 3 horas.

_ 3 horas? eu não tenho esse tempo, eu preciso ir ver minha mãe, não tem nenhum outro voo que faça parada lá?

_ Sinto muito, mais não temos. 

_ Ah meu Deus, por favor eu preciso que me ajude, minha mãe está no hospital... e....

_ Samantha?

me viro e vejo Dylian atrás de mim.

_ Graças a Deus, eu preciso ir ver a minha mãe , ela está no hospital e não tem voo para agora,  eu não sei o que fazer.

Dylian me olha e me encara

_ O que está acontecendo com a sua mãe?

_ Ela sofreu um acidente e eu preciso ir ver como ela está.

_ Vem comigo.

Dylian me puxa pelo braço e pede pra mim esperar num canto um pouco, Dylian some por alguns minutos e volta.

_ Vc vai com a Jatinho de Adam, me deve essa, eu tive que implorar para ele, mais foi só falar que era pra vc que rapidinho ele liberou. Vou de levar de carro até o local.

agradeci e fomos para o local onde estava o jato, entrei e era lindo, divino, era grande e espaçoso, com decorações na cor dourada e prata, entro e me ajeito.

Depois de quase duas horas eu já estava na Inglaterra, fui correndo para o hospital.

Chego na recepção e falo meu nome, entro e encontro o meu pai sentado numa cadeira com as mãos cobrindo o rosto, sento ao seu lado e ele me encara, e pela primeira vez vi meu pai chorar, seus olhos vermelhos e inchados, sua blusa molhada pelas lagrimas que derramou, e ali eu pude ver meu pai vulnerável, seus olhos expressavam medo e dor, então ali, só de olhar para o meu pai eu pude saber que a minha mãe se foi, meu apoio, minha mãe, minha rainha, a mulher  que me deu a luz, me gerou, me criou, minha melhor amiga, minha conselheira. 

Apoiei as minhas mãos na minha cabeça e desabei, não pude acreditar que ela partiu, me deixou, chorei até meus olhos arderem, eu não estava nem ai com quem estava do meu lado, eu só queria ver a minha mãe pela última vez, mesmo morta e machucada. 

me levanto e vou até um médico que estava perto da recepção.

_ Bom dia, será que eu posso ir no quarto da Regina Jones, sou filha dela.

_ Regina Jones, a mulher que acabou de falecer?

_ Sim. 

_ Claro que pode, quarto 502 ala B.

_Obrigada. 

vou até a sala e antes de entrar nela vejo que a porta está um pouco aberta e meu pai está no telefone falando com alguém. Me aproximo e decido ouvir um pouco a conversa.

" Não foi a minha culpa, nós discutimos e ela saiu com raiva e ai ela bateu o carro.

Ela queria contar a verdade para a Samantha eu não podia deixar"

verdade? que verdade? mesmo eu não sabendo o que era , eu sabia que era algo importante ao ponto da minha mãe esconder de mim, entro na sala e meu pai desligar o celular. Me aproximo dele e ele me olha, mais o seu olhar não era de medo nem de desespero, era de pena.

_ O que aconteceu? pergunto.

_ O que? sobre o acidente?

_ Sim, e sobre a verdade que vcs esconde de mim. 

De vermelho meu pai fica branco, eu não queria saber o que ele sentia, eu só queria saber da minha mãe e o que levou a ela sofrer o acidente.

_ Sua mãe.... ela meio que de adotou, e ela queria de contar mais.... ela não podia e ai nós discutimos e ela saiu de casa irritada e sofreu o acidente.

_ O que? adotada? Vc está brincando com a minha cara né?

_ Eu sei que é muita coisa para assimilar, mais a sua mãe queria de contar e se ela de contasse vc iria ficar chateada.. ai vc não iria falar mais com a gente.

Meu coração pulou, meus pais mentiram pra mim todo esse tempo  e ainda por cima esconderam de mim por 23 anos, e agora minha "mãe" está morta e eu acabo de descobrir que eu sou adotada. Além de tristeza eu sinto raiva e ódio de mim mesma, por de sido tola por nunca ter nem tido reparado nisso, não tenho nenhum traços com eles, nem mesmo o sangue deles.

Mais eles me criaram como filha, não importa oq fosse eles estavam lá, meus pais estava lá, me apoiando e me criando da melhor forma possível. 

_ Eu só não entendo o por que não me avisaram disso, eu amo vcs e eu jamais deixaria de amar vcs, vcs são meus pais. 

_ Eu sei, mais eu fiquei com medo da forma como vc reagiria e agora a sua mãe está morta por minha causa... e uma lagrima caiu do olho do meu pai cada vez mais e mais.

_ Precisamos ser fortes, agora o momento é difícil, não foi a sua culpa pai, o que tinha que acontecer aconteceu nada pode mudar isso, ela queria me contar e vc queria me proteger, Só precisamos ser fortes agora. 

Nos abraçamos e ficamos ali chorando e chorando até não sobrar mais lagrimas para cair.

depois de chorar litros e litros fomos para a recepção resolver o caso da minha mãe


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capítulo longo... tentei fazer o mais triste possivel


Um Caso Perfeito Livro I da Saga ( Cafajestes De Terno) Onde histórias criam vida. Descubra agora